Patrício coloca Agnelo na mira; ‘não seremos coniventes com Buriti’
Depois de três semanas de debates acalorados e muita polêmica, o Conselho de Planejamento Urbano e Territorial (Conplan) concluiu a análise do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub). O projeto segue agora para análise da Câmara Legislativa, onde, acredita-se, será bombardeado de todos os lados.
Um dos primeiros a preparar a artilharia, dirigida especificamente ao governador Agnelo Queiroz (PT), que insiste na aprovação do projeto a toque de caixa, é o vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, o também petista deputado Patrício, que aponta problemas insanáveis na proposta.
“O secretário de Habitação (Geraldo Magela) recuou em vários pontos depois da pressão da sociedade civil organizada. Porém, ainda há muitas divergências e é impossível aprovar o PPCub este ano, sem uma discussão mais aprofundada. Não há urgência e haverá prejuízo à cidade e à população se o processo seguir dessa forma açodada”, ponderou Patrício.
O deputado ressaltou, ainda, que as audiências públicas realizadas com a população sobre o projeto foram superficiais e trataram o tema de forma genérica. “É um documento complexo, prolixo e polêmico, extenso, com 72 planilhas e 10 mapas anexos. O debate não aconteceu como deveria e não podemos, como Poder Legislativo, ser coniventes com interesses privados num tema tão importante”.
Durante as discussões, o deputado Patrício tem sido procurado por representantes de entidades ligadas à preservação urbanística da cidade.
– Várias delas têm observado também que o principal argumento do GDF para votar com urgência, de que o plano atende a exigências da Unesco, não prospera. A missão da Unesco que esteve na cidade em 2012 apontou vários problemas no PPCub e apresentou recomendações que não foram seguidas. É preciso ter responsabilidade e não vou contrariar meus princípios, enfatizou.
