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Com auxílio do cão Apolo, PMs apreendem drogas na Maré

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Um dia após a Polícia Militar assumir o policiamento do Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio, agentes do Batalhão de Ações com Cães (BAC), com o auxílio do cão Apolo, apreenderam uma quantidade de drogas, ainda não contabilizadas, na localidade conhecida como Baixa do Sapateiro.

De acordo com o G1, o material estava escondido dentro de caixas de papelão. Até o fim desta edição não havia informações sobre confrontos e prisões na região.

PM assume policiamento

Uma cerimônia na terça-feira (30) selou a substituição das forças militares que ocupam o Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio: saiu o Exército e entrou a Polícia Militar.

A transição foi iniciada em abril, quando seis comunidades foram ocupadas por PMs. Segundo o relações-públicas da corporação, Frederico Caldas, serão 400 PMs na área — exceto em dias de operação, quando o número aumenta. Até esta terça-feira, 3 mil militares ocupavam o complexo. A mudança significa uma redução para 13% do efetivo, comparando números da PM e do Exército, que iniciou a ocupação há um ano e três meses.

Nesta terça, por volta do meio-dia, outras nove comunidades que eram monitoradas pelo Exército passaram a ser controladas por policiais: Conjunto Esperança, Vila do João, Salsa e Merengue, Vila dos Pinheiros, Conjunto dos Pinheiros, Bento Ribeiro Dantas, Morro do Timbau, Baixa do Sapateiro e Nova Maré.

O patrulhamento inclui também as vias expressas que margeiam o local, como a Avenida Brasil, Linha Amarela e Linha Vermelha.

‘Violência não é problema unicamente policial’, diz Beltrame

Ao fim da solenidade, o comandante da 1ª Região Militar, Carlos Alberto Neiva Barcellos, e o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, comentaram a troca de comando na ocupação e se mostraram afinados no discurso, dizendo que a “cidadania” deve ser vista como antídoto para a violência.

“A desarticulação total em uma área [do tráfico de drogas] em uma região como está é bastante complicada. Não bastam ações na esfera da Segurança Pública”, disse o militar.

Minutos depois, Beltrame convidou os brasileiros a refletirem sobre o tema e completou. “A nação brasileira tem que alargar seu horizonte. Violência não é um problema unicamente policial”, afirmou Beltrame.

Números

Segundo a Força de Pacificação, três mil homens ocuparam as comunidades. O número, no entanto, deve cair pela metade durante a instalação das UPPs: a previsão é de que 1.620 policiais trabalhem na região.

Beltrame disse, no entanto, que o número pode cair ainda mais após uma análise da área ocupada. “Este é um plano inicial, um cálculo inicial. Nada impede que este número aumente (da tropa) ou até diminua”, afirmou.

Entre os dados celebrados pela segurança pública estão a queda do número de homicídios e as ligações ao Disque-Pacificação. Os assassinatos caíram de 21,29 por 100 mil habitantes para 5,33, enquanto as ligações chegaram a 3 mil – desde abril de 2014. Moradores, no entanto, revelam abusos e violações de direitos na comunidade desde que o local foi ocupado.

Instalação de UPP

Serão criadas quatro bases da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Maré. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a primeira será instalada na Praia da Ramos/ Roquette Pinto; a segunda nas comunidades de Nova Holanda/ Parque União; outra será responsável pela Baixa do Sapateiro/ Timbau.

A última ficará a cargo da Vila do João e da Vila dos Pinheiros. A previsão era da base da UPP ser inaugurada em julho. O governo do estado informou que os policiais que passaram a ocupar as comunidades da Maré estão sendo preparados desde novembro do ano passado.

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