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Brasil está nas trevas, diz Renan. Clima político é como um filme de terror

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O Brasil está vivendo um filme de terror, exibido em meio a uma plena escuridão. E é preciso buscar uma saída, encontrar a luz no fim do túnel. É essa, em linhas gerais, a mensagem do senador Renan Calheiros (PMDEB-AL), presidente do Congresso Nacional, em vídeo postado na TV Senado, em que ele defende seus colegas Eduardo Cunha (presidente da Câmara) e Michel Temer (vice-presidente da República).

A “escuridão” a que Renan se refere é a crise econômica e política que atinge o País. O senador aproveitou a gravação para criticar o ajuste fiscal do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Em um depoimento de praticamente 17 minutos, Renan diz que o ajuste fiscal de Levy é “insuficiente, tacanho”. É, diz ele, como o “cachorro correndo atrás do rabo” ou mesmo como “enxugar gelo até ele derreter”.

“A sociedade já está no limite suportável da sua contribuição, com aumento de impostos, tarifaços, inflação e juros”, afirmou Renan. “O ajuste fiscal está mesmo se revelando como um desajuste social. Porque o ajuste é um fim em si mesmo”, enfatiza.

Em contraposição, sobre Eduardo Cunha, Renan é só elogios. “Ele tem sido um bom presidente da Câmara, implementando um ritmo de votações. Acho que a atuação dele, sua independência, colaborou muito para este momento do Congresso Nacional”, afirma. Renan elogia também o vice-presidente da República, Michel Temer, chamando-o de “prudente, da conciliação e do diálogo”.

Renan criticou o governo de Dilma Rousseff e afirmou ainda que “o governo deve temer a sociedade e não o contrário”, em referência às medidas tomadas pela presidente no atual mandato. “Na opinião pública, a aprovação popular dispensa comentários. Temos uma crise política. Uma crise econômica. Temos também uma crise de credibilidade porque o sistema é presidencialista”, acrescentou.

O presidente do Senado disse ainda que “vê com naturalidade a pretensão” do seu partido e que acredita que o PMDB vai “em busca do protagonismo”. Renan estaria, portanto, concordando com a pretensão do partido em ter candidato próprio nas eleições presidenciais de 2018 .

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