Levy adverte para momento econômico grave e prega união
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emO ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a situação econômica do país é “séria”. “A questão fiscal é muito séria. A gente tem que ter tranquilidade e firmeza para continuar o diálogo para alcançar as soluções que o Brasil precisa. Ninguém quer uma ruptura em nenhum aspecto. A gente precisa garantir a recuperação econômica”, disse Levy, após sair de reunião com o vice-presidente Michel Temer e o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, que integram a articulação política do governo.
Sobre a possibilidade de a votação do projeto de lei que trata do retorno da taxação à folha de pagamento das empresas, último item do ajuste fiscal, ficar para 2016, Levy afirmou não ter informação sobre esse possível adiamento.
“Acho que é um mal-entendido. Não tenho informações sobre isso. Se houver [essa discussão], a gente conversa sobre o assunto. Tudo é conversa. Esta é uma parte muito importante do ajuste”, disse.
Levy considera que o retorno da taxação à folha de pagamento das empresas “é um sacrifício para as empresas, mas o governo fez uma estratégia”. E acrescentou: “A gente quer acabar com essa distorção nas empresas. São bilhões de reais [de renúncia fiscal] para umas tantas mil empresas”.
Levy disse acreditar que o projeto de retorno da taxação à folha de pagamento das empresas pode ser votado ainda este ano. “Sempre há chance com conversa, paciência e persistência”. Ressaltou, porém, que o “Senado faz a pauta”.
Na terça-feira (4) o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), destacou que o único projeto pendente do ajuste fiscal, proposto pelo governo, não pode ser votado agora. “A única pauta do ajuste fiscal que precisa ser votada é a reoneração [retorno da taxação à folha de pagamento das empresas] da folha de pessoal. Não votamos ainda porque, nesse cenário de crise, de recessão e de desemprego, ela agravará o quadro. Ela será danosa para o país, então nós vamos reunir os líderes e conversar rapidamente sobre o que faremos com ela”, disse sobre o projeto (PLC 57/15).
Ana Cristina Campos, ABr