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Rafael, aluno da UnB, mochileiro, morre nos Estados Unidos

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Rafael Andrade Lobão, de 18 anos, desaparecido há mais de 15 dias, foi encontrado morto em um acampamento dos Estados Unidos. Ele era mochileiro e estava viajando por Portland, no estado de Oregon. O último contato com a família foi no dia 27 de julho. Seu corpo foi encontrado há dois dias. A suspeita é que ele tenha sofrido mal súbito, porque nenhum pertence dele foi levado e não havia sinais de violência.

Por telefone, o Itamaraty informou que o consulado do Brasil em São Francisco, responsável também pela região de Oregon, foi avisado pela polícia. Tanto o consulado como a própria corporação americana entraram em contato com a família do estudante. O consulado disse estar prestando todo o apoio a eles.

O rapaz, que completou 18 anos em maio, cursava o terceiro semestre de geografia na Universidade de Brasília (UnB). Segundo a irmã, Natália de Andrade, de 25 anos, o jovem faleceu enquanto dormia perto de um albergue na estrada, a caminho de Las Vegas.

“Ele estava indo encontrar com amigos que fez no decorrer da viagem. Eles estavam inclusive nos comunicando, dando informações da última vez que o viram”, diz ela.

A volta do jovem para casa estava marcada para o dia 5 de agosto, mas ele deixou de entrar em contato com a família. “Como ele estava em Portland e estava retornando para Vegas, a gente acreditou que ele estaria na estrada”, diz.”Como começou com muita falta de informação, começamos a ficar preocupados, cogitamos o fato dele ter perdido o voo. Ainda tentamos eesperar um pouco mais, mas a gente acompanhou que o ‘travel money’ dele não era usado desde o dia em que ele deixou de dar notícia.”

A família acionou as autoridades legais da cidade e o pai do rapaz partiu para os Estados Unidos em busca do filho. Durante esta madrugada, a família recebeu a confirmação de que um corpo encontrado no local com as características do jovem era dele. “Ele estava com todos os pertences, sem nenhum sinal de violência. Acham que pode ter acontecido um mal súbito. Como encontraram há um, dois dias, e ele morreu desde o dia 28, é difícil dizer.”

Natália diz que a família ainda não sabe se poderá fazer o traslado do corpo para o Brasil e que é possível que ele seja cremado nos EUA.

Pelas redes sociais, a irmã descreveu o jovem, que realizava o sonho de fazer um mochilão: “Tinha um angústia enorme de mudar o mundo. Não conseguia aceitar preconceitos e discriminações e tentava de todo jeito promover uma mudança. A terra perdeu uma pessoa iluminada e o céu ganhou uma estrela. Perdi um irmão que sempre demonstrou carinho com a sua família, sempre se importou, aquele irmão mais novo que te copia em tudo e que ao mesmo tempo é tão diferente”, diz.

Da Redação com o G1

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