Rollemberg entrega 170 cadeiras de rodas adaptadas para atletas paraolímpicos
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emAs limitações físicas de Aloísio Lima fizeram com que o servidor público de 41 anos descobrisse seu lado esportivo. Foi em uma aula de tênis de mesa — prática recomendada para que ele se reabilitasse de uma queda de 60 metros de altura — que o medalhista mundial despertou o dom.
O esportista está entre os 170 atletas paraolímpicos de Brasília que receberam, nesta quarta-feira (19), cadeiras de rodas adaptadas: 30 para praticantes de tênis, 30 para atletismo e 110 para basquete.
Na solenidade, ocorrida no Parque de Apoio da Secretaria de Saúde, no Setor de Indústria e Abastecimento, o governador Rodrigo Rollemberg afirmou que pretende ampliar o número de beneficiados: “Essa é uma aliança entre o esporte e a saúde e segue a linha do governo de tornar Brasília um exemplo de acessibilidade”.
A secretária do Esporte e Lazer, Leila Barros, ressaltou a importância de o atleta ter bons instrumentos para melhorar o desempenho. “Tenho consciência das dificuldades dessa profissão”, acrescentou. Os equipamentos foram fabricados de acordo com as limitações de cada esportista, com adaptações e pesos diferenciados para melhor performance nas modalidades.
Hélcio Gomes, 44 anos, também recebeu um equipamento para continuar praticando o esporte predileto: basquete. Com os membros inferiores paralisados desde os 2 anos — por causa de uma infecção na medula óssea — seu time, o Águias do Gama, levou o título de campeão do Centro-Oeste no ano passado. “Tenho certeza que minha performance vai melhorar muito e que trarei novas medalhas para Brasília.”
O secretário de Saúde, Fábio Gondim, contou que foi esportista e sabe muito bem das dificuldades cotidianas dos atletas. “Vamos dar continuidade a essa ação, e nosso objetivo, como o de todos os beneficiados, é superar as nossas metas.” A pasta investiu R$ 1.577.500 na aquisição dos equipamentos. O valor unitário da cadeira adaptada para atleta de tênis é de R$ 8.050; de basquete, R$ 8 mil; e de atletismo, R$ 15,2 mil. As destinadas aos praticantes de atletismo têm rodas traseiras maiores, dianteiras menores e alcançam velocidade entre 60 e 80 quilômetros por hora. As específicas para jogadores de basquete e de tênis são mais leves e fabricadas com alumínio e fibra de carbono.
Os integrantes de associações esportivas cadastradas participaram do processo seletivo para ganhar uma cadeira adaptada há seis anos, na época dos Jogos Paraolímpicos de Verão de 2008, em Pequim, na China. As doações foram feitas de acordo com a ordem de inscrição dos participantes. Das 335 pessoas inicialmente na seleção, 50% foram beneficiadas.
Aqueles que não puderam receber a cadeira nesta quarta-feira (19) poderão retirá-la no Parque de Apoio da Secretaria de Saúde, no Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA).
Kelly Crosara