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OEA manda que Colômbia e Venezuela reúnam famílias deportadas nos dois países

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O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, exigiu neste sábado que os governos de Colômbia e Venezuela busquem a “definitiva reunificação” das famílias deportadas de território venezuelano.

Ao término de um percurso por dois albergues instalados na cidade colombiana de Cúcuta e na vizinha Villa del Rosario e uma visita à ponte que liga os países, Almagro classificou como assunto “essencial” e “importantíssimo” a “definitiva reunificação familiar”.

“Nós pedimos à Colômbia a sistematização dos casos pendentes de reunificação familiar. E pedimos à Venezuela a mais rápida solução para este flagelo, este problema”, disse o secretário em entrevista coletiva ao lado da chanceler colombiana, María Ángela Holguín.

Pelo menos 1.355 colombianos foram deportados da Venezuela e cerca de 15 mil decidiram retornar à terra natal desde que o presidente do país, Nicolás Maduro, fechou parte da fronteira como parte de uma guerra contra o contrabando e supostos paramilitares.

Muitos deles denunciaram que parte de suas famílias, incluindo filhos e cônjuges, tiveram que permanecer no país vizinho por terem nacionalidade venezuelana.

Almagro comentou que “a fronteira entre Colômbia e Venezuela tem que ser uma fronteira de irmandade e de cooperação, que preze pelo espírito solidário, pela fraternidade entre os povos, povos compostos por famílias integradas por venezuelanos e colombianos”.

O chefe da OEA ressaltou que “a união dessas famílias é um imperativo moral dos governantes dos dois países”, o colombiano Juan Manuel Santos e o venezuelano Nicolás Maduro.

A chanceler colombiana agradeceu a visita de Almagro, de quem disse que soube “de primeira mão” a situação dos deportados e das pessoas que retornaram da Venezuela nos últimos dias.

A Colômbia não conseguiu na segunda-feira passada, em sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA realizada em Washington, que fossem convocados os chanceleres dos 34 países que integram o organismo interamericano para analisar a crise na fronteira colombo-venezuelana, e hoje Holguín se referiu a esse assunto.

“Apesar de ser certo que tivemos um revés no Conselho Permanente, como falou o presidente Santos, se não tivéssemos o revés, de repente, conseguiríamos uma visita da OEA, e a temos. Era isso o que queríamos”, acrescentou.

Holguín indicou que 1.178 colombianos retornaram a seus lugares de origem graças ao apoio da Chancelaria e da Organização Internacional de Migrações (OIM), enquanto outros 3.328 permanecem nos albergues disponibilizados pelo governo.

A ministra explicou que a Colômbia aposta em um diálogo com a Venezuela para solucionar a crise fronteiriça, mas considerou “essenciais” as condições impostas na quarta-feira por Santos e a reunificação familiar.

As condições são o corredor humanitário para facilitar que as crianças que vivem do lado venezuelano da fronteira e estudam em Cúcuta possam continuar com a rotina, o que começou a acontecer ontem; o respeito aos direitos humanos de seus compatriotas; e que os afetados possam recuperar os móveis e utensílios que tiveram que deixar no país vizinho.

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