Saúde reage a pacote de RR e convoca assembléia para o dia 30 para votar greve geral
Começam a surgir as primeiras reações dos servidores públicos à decisão do Governo de Brasília de burlar a lei e não honrar os aumentos salarias. A primeira resposta dura deve vir de quem trabalha na saúde pública. Para se contrapor ao governador Rodrigo Rollemberg, o SindSaúde convocou uma assembleia-geral com indicativo de greve para o próximo dia 30, anunciou a presidente da entidade, Marli Rodrigues.
O motivo é a insatisfação dos servidores com o “pacote de maldade” de Rollemberg, que foi na contra-mão da conversa mantida com os sindicalistas na segunda-feira, 14. “O governador nos mostrou a dificuldade em honrar o reajuste, mas garantiu que procuraria uma solução. O discurso foi mudado em menos de 24 horas e não tivemos nem chance de participar da decisão”, atacou Marli Rodrigues.
A sindicalista antecipa colocará na pauta da assembleia a greve-geral. “Além de escolherem a dedo quem pagará por esse festival de ingerência no governo local, essa gestão demonstra que não reconhece a importância do servidor, que tem praticamente carregado o governo nas costas. Rollemberg não sabe o que é respeitar a lei. Se é assim que ele quer, vamos partir para o enfrentamento”, ameaçou.
O Sindicato dos Servidores em Estabelecimentos de Saúde representa 104 categorias da área. São cerca de 23 mil servidores, onde a grande maioria atende diretamente a população do Distrito Federal. Ainda em janeiro, já com ameaças de não recebimento de direitos atrasados, o sindicato chegou a fazer greve que durou quase uma semana. O fim do movimento se deu após o governo prometer depositar pelo menos o salário daquele mês na conta dos servidores.
