Kim Jong-un faz festa militar e adverte Obama que está preparado para guerra longa
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emO líder norte-coreano Kim Jong-un declarou neste sábado que o país está pronto para enfrentar qualquer ameaça dos Estados Unidos ao discursar em um desfile militar para marcar o 70º aniversário do partido de governo da Coreia do Norte e alardear a terceira geração de liderança. O desfile contou com milhares de soldados e uma exibição de parte do arsenal militar da Coreia do Norte. O evento é a maneira de o governo mostrar ao mundo e seu próprio povo que a dinastia Kim está firme no comando e o poderio militar do país.
Kim caminhou por um tapete vermelho e saudou a sua guarda de honra antes de seguir até um pódio para discursar. “Nossa força revolucionária está pronta para responder a qualquer tipo de guerra que os imperialistas norte-americanos queiram”, disse Kim, ladeado pelo oficial chinês visitante Liu Yunshan e altos funcionários norte-coreanos. “Por meio da linha de política de Songun (foco na questão militar), o Exército do Povo Coreano tornou-se a força revolucionária mais sólida e nosso país tornou-se uma fortaleza impenetrável e uma potência militar global”, afirmou, sendo interrompido por aplausos várias vezes.
Kim não comentou especificamente sobre as capacidades nucleares ou de mísseis de longo alcance da Coreia do Norte e também não disse nada sobre as relações com a rival Coreia do Sul. Ele passou a maior parte do discurso argumentando que o partido vem tendo êxito em melhorar a vida das pessoas da Coreia do Norte em face de ameaças externas desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953) e declarou que continuará a fazê-lo.
No desfile militar subsequente, tanques, veículos blindados, lança-foguetes e uma variedade de mísseis montados em caminhões foram apresentados, enquanto aviões militares voaram em formação acima da praça, formando o símbolo do Partido dos Trabalhadores da Coreia – martelo, escova e foice. Outro grupo de aviões formou o número 70 no céu.
O evento não teve a presença de importantes líderes mundiais – a China enviou Liu, líder número 5 do Partido Comunista, e não seu chefe de Estado, ou mesmo vice-premier -, mas a capital da Coreia do Norte, normalmente isolada e tranquila, foi inundada por turistas, mídia internacional e delegações variando de coreanos étnicos que vivem no exterior a grupos russos e mongóis dedicados a estudar as ideias políticas da Coreia do Norte.