Tensão cresce entre árabes e judeus e os palestinos incendeiam templo judaico
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emDezenas de palestinos atearam fogo a um templo judaico na cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada pelos israelenses, nesta sexta-feira. A região enfrenta distúrbios há duas semanas, que não dão sinais de diminuir.
Manifestantes usaram bombas caseiras no local, reverenciado por alguns judeus como o túmulo do patriarca bíblico José. As forças de segurança palestinas dispersaram a multidão e extinguiram o fogo. A extensão dos estragos no templo, porém, não era ainda conhecida.
Um porta-voz militar de Israel, coronel Peter Lerner, acusou os agressores palestinos de desrespeitar um local sagrado, em uma “flagrante violação e contradição do valor básico da liberdade de crença”. Segundo ele, os militares israelenses iriam restaurar o local e garantir a liberdade de crença.
Os visitantes judaicos do local são escoltados por militares israelenses, em coordenação com as forças de segurança palestinas. Os judeus israelenses normalmente não têm permissão para entrar em cidades palestinas sem o aval militar.
O governador de Nablus, Akram Rajoub, não quis comentar a situação de segurança no local do ataque, mas garantiu que a Autoridade Nacional Palestina impediria novos incidentes similares. Rajoub disse que as tensões na região do Monte do Templo, em Jerusalém, onde fica a Mesquita Al Aqsa, o terceiro local mais sagrado no Islã, foram a causa do ataque do início desta sexta-feira. “Esses jovens homens que atacaram o túmulo estão furiosos e pressionados pelo que veem acontecer na Mesquita Al Aqsa”, comentou.
Também nesta sexta-feira, um palestino com um colete amarelo com a palavra “imprensa” escrita atacou com uma faca um soldado israelense. O Exército disse que o agressor foi morto a tiros por outros soldados. O ataque ocorreu a poucos metros de um protesto palestino, após as preces muçulmanas do meio-dia na cidade de Hebron, na Cisjordânia. O soldado foi hospitalizado.
Ao longo do último mês, oito israelenses foram mortos em ataques palestinos, a maioria deles com facas. Nesse período, 31 palestinos morreram em ações israelenses, incluindo 14 qualificados por Israel como agressores e os demais em confrontos com tropas israelenses.