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Cruzeiro coloca time B em campo e derrota o Bahia na Fonte Nova

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Bahia e Cruzeiro receberam faixas de campeões estaduais, momentos antes do jogo de estreia de ambos no Brasileirão, mas, em campo, os times não apresentaram futebol de campeão. Detentor também do título nacional, a equipe celeste, mesmo com um time reserva – a exceção foi Fábio –, buscou mais o gol que o adversário e foi premiada com a vitória por  2 a 1.

Os dois gols do Cruzeiro foram marcados de cabeça, em lances muito parecidos, após cobranças de escanteios do lado direito. No primeiro, Nilton colocou nas redes e, no segundo, foi a vez de Marcelo Moreno, que saiu do banco para dar a vitória ao time cruzeirense. Além disso, esse gol salvou Nilton de deixar de ser herói para ser vilão, já que havia cometido pênalti, que resultou no gol baiano.

Por ter feito partidas consideradas decisivas em sequência, pela Libertadores e decisão do Mineiro, o técnico Marcelo Oliveira escalou um time alternativo, baseando-se na propagada qualidade do elenco e que contou com vários ex-titulares, como Mayke, Léo, Egídio, Nilton, Borges e Willian, além de promessas como Marlone e Wallace. O Cruzeiro soube se aproveitar da fragilidade ofensiva do time baiano para iniciar com triunfo a caminhada rumo ao bicampeonato brasileiro.

Já o Bahia, não conseguiu aproveitar o pouco entrosamento celeste e fez uma partida fraca tecnicamente, em que priorizou a marcação, mesmo sendo o mandante. Vontade e determinação não faltaram ao time da casa. “Todo jogo para nós é final de campeonato. A vontade de ganhar tem de ser demonstrada do começo ao fim”, salientou o volante Fahel. A equipe baiana realmente não desistiu, mas faltou técnica ao anfitrião.

Antes de a bola rolar, na Fonte Nova, uma cerimônia rápida e simples marcou a troca de faixas entre Bahia e Cruzeiro pelos títulos estaduais conquistados no último domingo diante de seus tradicionais rivais, Vitória e Atlético-MG, respectivamente. Depois do hino brasileiro, os atletas das duas equipes trocaram as faixas e posaram para uma foto conjunta.

O clima de amistoso festivo, no entanto, não resistiu ao apito inicial do árbitro paulista Luiz Flávio de Oliveira. Os dois times mostraram, desde o começo, disposição. O Cruzeiro demonstrando se ressentir de um melhor entrosamento e da falta de ritmo de alguns jogadores, enquanto o Bahia tentava tomar a iniciativa, mas tinha dificuldade para superar a marcação celeste.

O primeiro tempo começou pegado e truncado, com faltas cometidas pelos dois lados, além de passes errados. O Cruzeiro, mesmo com reservas, levava mais perigo ao gol adversário, fazendo prevalecer a experiência e o futebol de alguns jogadores, como Borges, Tinga, Nilton e Willian. Logo aos 5 min, Willian, que jogou pela Libertadores no meio de semana, na vaga do lesionado Dagoberto, teve boa chance. E, aos 19 min, completou bom cruzamento da esquerda, mas errou o alvo.

As duas equipes demonstravam falta de criatividade. A consequência disso era um jogo embolado no meio-campo e com bolas altas cruzadas sobre as áreas. Os lances de maior perigo ficavam restritos às chamadas bolas paradas, como cobranças e escanteios e faltas. Numa delas, aos 28 min, Souza mandou a bola por cima do travessão, errando o alvo por pouco. A resposta do Bahia, com a bola em movimento, ocorreu no minuto seguinte com Rhayner batendo cruzado, da esquerda.

O jogo seguia muito disputado, mas com pouca inspiração, especialmente pelo lado baiano, onde a bola pouco chegava para os atacantes Max Biancucchi e Anderson Talisca. Dessa forma, o goleiro Fábio pouco trabalhava. Uma das exceções na etapa inicial foi aos 39 min, quando o Cruzeiro errou saída de bola e, no contra-ataque, Max Biancucchi chutou rasteiro, para defesa do camisa 1, o único titular celeste em campo.

E o primeiro tempo terminou mesmo sem gols. A torcida baiana protestou muito contra a arbitragem, que,  foi defendida por Tinga, do Cruzeiro. “Está apitando de forma correta, todo mundo está jogando forte, mas sem violência e não dá para marcar qualquer faltinha”, comentou o experiente volante celeste, que jogou mais avançado, aprovou a atuação celeste, mas viu seu time “pouco agudo”. Para o atacante Max Biancucchi, o Bahia precisa pressionar mais à frente. “Não podemos deixar o Cruzeiro sair tanto com a bola”, ressaltou.

Bahia e Cruzeiro retornaram sem mudanças para o segundo tempo. O time da casa, empurrado por seu torcedores, voltou atacando mais. O Cruzeiro, por sua vez, se armava para explorar contra-ataques e conseguiam ameaçar o gol defendido por Marcelo Lomba. Foi assim, aos 9 min, em cabeça perigosa de Borges, e, principalmente, aos 15 min em chute de Souza, que explodiu na trave baiana. Dois minutos depois, a bola finalmente entrou, cabeceada por Nilton, após cobrança de escanteio da direita.

O Bahia não desistiu do empate, obrigou Fábio a duas defesas seguidas importantes. Faltava mais consistência ofensiva, mas aí o sistema defensivo do Cruzeiro ajudou. Nilton, que havia marcado o gol, cometeu pênalti sobre Rhayner. Coube a Anderson Talisca, a revelação do Bahia, fazer a cobrança e empatar o jogo. Depois disso, os dois times ainda tentaram e Marcelo Moreno garantiu o triunfo celeste, aos 45 min.

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