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IBGE aponta que IPCA de 9,9% acumulado em 1 ano é o maior registrado desde 2003

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A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em outubro alcançou a maior taxa acumulada em 12 meses, de 9,93%, desde novembro de 2003, quando estava em 11,02%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já a variação de preços de 0,82% detectada no mês foi o maior resultado para meses de outubro desde 2002, quando o IPCA atingiu 1,31%.

De janeiro a outubro de 2015, a taxa acumulada de 8,52% foi o maior resultado desde 1996, quando estava em 8,70%. A inflação registrada de janeiro a outubro de 2014 foi de 5,05%.

Combustíveis – Os combustíveis foram os maiores vilões da inflação de outubro. A alta de preços chegou a 6,09% e representou o maior impacto para o IPCA do mês, segundo o IBGE. A contribuição foi de 0,30 ponto porcentual, o equivalente a 37% do resultado do índice. Os combustíveis têm um peso de 4,89% no IPCA.

A gasolina ficou 5,05% mais cara em outubro, um impacto de 0,19 ponto porcentual para a taxa de 0,82% do IPCA do período. Os preços aumentaram 6,21% em São Paulo e 6,12% em Curitiba. As menores altas foram no Recife (1,70%) e Vitória (1,72%). A gasolina subiu como reflexo do reajuste de 6,00% autorizado nas refinarias a partir de 30 de setembro.

Nos últimos 12 meses, os preços da gasolina já acumulam uma alta 17,93%. Em Recife o aumento chega a 23,38%, enquanto Campo Grande tem a variação mais baixa, de 8,99%.

O aumento do etanol em outubro foi de 12,29%, uma contribuição de 0,10 ponto porcentual no IPCA do mês. Em São Paulo, a alta foi de 14,99%. O Recife mostrou a menor variação, de 2,85%.

Nos últimos doze meses, os preços do litro do etanol aumentaram 16,98%. Goiânia tem a alta mais expressiva, de 24,16%, enquanto Recife tem a menor, de 5,52%.

Já os preços do diesel subiram 3,26% em outubro, refletindo o reajuste de 4,00% nas refinarias, também a partir de 30 de setembro. Nos últimos doze meses, a alta está em 15,94%.

Transportes – O aumento nos preços dos combustíveis impulsionou os gastos das famílias com Transportes em outubro. A alta foi de 1,72%, o mais elevado impacto de grupo sobre o IPCA do mês, uma contribuição de 0,31 ponto porcentual.

Também pressionaram o resultado os aumentos nas passagem aérea (4,01%), pneu (0,94%), ônibus intermunicipal(0,84%), conserto de automóvel (0,69%) e acessórios e peças (0,46%).

Nos ônibus urbanos, houve elevação de 0,10% influenciada por Brasília, onde as tarifas aumentaram 23,08% em outubro, refletindo parte do reajuste de 33,34% vigente desde o dia 20 de setembro.

estadao

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