Shoppings agregam serviços e comodidade para atrair cada vez mais os consumidores
Publicado
emÉ nítido que a crise tem afetado os mais diversos segmentos da nossa sociedade, e os estabelecimentos comerciais, principalmente shoppings, se desdobram para por em prática algumas maneiras de chamar a atenção do público consumidor. Diante disto, além de lojas de roupas, sapatos, drogarias e eletrodomésticos, é fácil perceber a agregação de supermercados, academias, salões de beleza e de depilação, lava-jatos, esmalterias e até clínicas de oftalmologia fazendo parte do acervo de opções à serviço da população dentro do mesmo shopping.
Além de oferecer maior comodidade aos indivíduos, as “novas lojas” atendem em horários diferenciados que fogem ao padrão comercial, principalmente por funcionarem aos finais de semana e feriados. Thelma Gonsalves, diretora executiva do Visão Institutos Oftalmológicos, em Brasília, acredita no potencial que a sua clínica no Boulevard Shopping, localizado no final da Asa Norte, tem a acrescentar.
“O trabalhador pode ser atendido até às 22h e aos finais de semana com essa mesma flexibilização de horário. Além disso, pode comprar seu remédio na drogaria, fazer as compras do mês, lavar o carro, pagar contas e resolver mais da metade de suas pendências em um só lugar”, destaca a empreendedora.
De 2006 a 2014, houve aumento de 50% no número de shoppings no país. Hoje, são 530. Em paralelo, o número de visitas por mês mais que dobrou, para 431 milhões, e as vendas cresceram 185%, para R$ 142,3 bilhões. Juntas, as classes D, C1 e C2, com renda de até R$ 2,8 mil, responderam no ano passado por 27% da receita dos shoppings, segundo levantamento do Ibope e da Associação Brasileira de Logistas de Shopping (Alshop).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou em meados de setembro o balanço das vendas do varejo brasileiro em julho de 2015. A queda de 1% em relação ao mês anterior foi a maior para o período, desde o início do levantamento, em 2000. Pior que isso, pelo sexto mês consecutivo, as vendas diminuíram. A única exceção no ano foi janeiro. Para a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), porém, mesmo assim o ano será de crescimento para os shopping centers, que respondem por cerca de 20% do varejo em receita.
Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), até o fim de 2016 deverão ser inaugurados 49 empreendimentos. Só este ano, a expectativa de investimento em novas unidades e ampliações é de R$ 16 bilhões. Nas contas da Associação Brasileira de Logistas de Shopping (Alshop), somente em 2015 serão inaugurados 38 shoppings.