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São Paulo vira contra o Figa com gols aos 45 e 49 do 2º tempo e continua no G-4

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Daniel Batista

Era jogo para vencer sem sofrimento, mas foi um sufoco até o último minuto. Mesmo sem uma grande atuação, o São Paulo lutou e conseguiu a virada em casa por 3 a 2, com um gol aos 45 e outro aos 49 minutos do segundo tempo, no Morumbi, após ser cobrado por falta de raça e vontade por sua torcida. No fim, acabou sendo uma boa homenagem para Luis Fabiano, que anunciou que não joga mais pelo clube, e para Rogério Ceni, que também está de partida.

Em dias de homenagens e despedidas, o São Paulo entrou em campo com uma camisa cinza, geralmente usada por Rogério Ceni, para lembrar aquele que seria o último jogo do goleiro no estádio do Morumbi, caso tivesse atuado.

O resultado levou o São Paulo aos 59 pontos na quarta colocação, enquanto o Figueirense estacionou nos 40 pontos e segue sob séria ameaça de rebaixamento.

O jogo – Com a bola rolando, o São Paulo mostrou os problemas de outrora e a irregularidade que perpetuou ao longo do Brasileiro. Do meio para frente, o time conseguia esboçar lances de criatividade, enquanto na defesa toda bola que chegava era um sufoco.

Mesmo com as dificuldades, o time da casa conseguiu abrir o placar aos 10 minutos. A defesa do Figueirense saiu jogando errado, Thiago Mendes ficou com a bola e após boa troca de passes entre Pato e Ganso, Luis Fabiano recebeu dentro da área e bateu rasteiro para alegria dos poucos são-paulinos presentes no Morumbi.

Na comemoração, emoção do ídolo tricolor. Após ter chorado no início da partida, ele saiu correndo, se ajoelhou no símbolo do clube e beijou, enquanto os torcedores “normais” gritavam seu nome e as organizadas falavam “Luis Pipoqueiro”.

O gol assustou o Figueirense, que ainda viu Rodrigo Caio acertar a trave em cabeçada, após cobrança de falta de Pato. Melhor em campo, a equipe tricolor se acomodou e o Figueirense saiu do campo de defesa com rápidos contra-ataques. Em um deles, aos 27, Lucão e Hudson deram espaço na defesa, Clayton recebeu passe de Dudu e, com liberdade na entrada da pequena área, bateu sem chances para Dênis.

Emoção – Na etapa final, o São Paulo passou a ter mais a bola no pé, principalmente com Ganso e mesmo assim o time pouco produziu, devido o excesso de passes errados.

Milton Cruz tirou Bruno e Pato e colocou Alan Kardec e Centurion, aumentando o poderio de ataque. Visivelmente afoitos e pressionados, os são-paulinos passaram a apostar tudo nos cruzamentos para a área, sem grandes efeitos.

O Figueirense se fechou e só saiu para o ataque quando via real oportunidade de chegar. Ela apareceu aos 29 minutos. Marquinhos desviou cobrança de falta e Carlos Alberto, livre, deu de voleio e virou o placar.

A virada ligou o São Paulo. Na raça, já que tecnicamente todo o time estava mal, os mandantes foram para cima e conseguiram reverter. Após tanta insistência nos cruzamentos para a área e uma finalização de Ganso que bateu no travessão, veio o gol. Hudson jogou na cabeça de Alan Kardec, que empatou o jogo aos 45

E, quatro minutos depois, Thiago Mendes pegou rebote da zaga, acertou um forte chute rasteiro e garantiu a sofrida virada tricolor no último lance da partida, garantido um adeus aos ídolos são-paulinos com um pouco mais de dignidade.

estadao

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