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Inflação que beira os 10,5% provoca perdas de 2,2% nas cadernetas de poupança

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Vinicius Neder

Com a inflação de dois dígitos no acumulado em 12 meses, as aplicações da caderneta de poupança tiveram em novembro a pior rentabilidade desde 2003. Segundo cálculos da consultoria Economática, a rentabilidade real anualizada da poupança no mês passado ficou em 7,95%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses acumulou alta de 10,48%, como revelou na quarta-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, o retorno anualizado real, ou seja, descontando a inflação, ficou negativo em 2,29%, o pior desde setembro de 2003, nos cálculos da Economática. O retorno real da poupança está no terreno negativo desde o início do ano. “A poupança vem perdendo sistematicamente para outras aplicações e para a inflação”, afirmou o administrador de investimentos Fábio Colombo.

A caderneta perde para a inflação porque a aplicação tem a rentabilidade calculada por uma fórmula, que, em linhas gerais, soma um retorno fixo de 0,5% ao mês com a taxa referencial (TR).

Quando a inflação está elevada, o Banco Central (BC) sobe a Selic, a taxa básica de juros (hoje em 14,25% ao ano), e a TR sobe junto, mas o peso dela na fórmula do retorno da poupança é pequeno. Assim, a rentabilidade da caderneta fica para trás.

estadao

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