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DH da Baixada reduz índices de criminalidade. Homicídios têm queda de mais de 25%

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Desde que foi inaugurada, em janeiro de 2014, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) tem contribuído com a melhoria dos índices de segurança nos 13 municípios que integram a região. De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2015, 3,7 milhões de pessoas vivem nas seis Áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs).

De janeiro a outubro de 2015, último dado disponibilizado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), foram registrados 1.252 homicídios dolosos, contra 1.674 no mesmo período de 2014 – redução de 25,2%. Segundo o delegado-titular da DHBF, Giniton Lages, os índices de colaboração por meio do Disque-Denúncia são maiores do que na capital.

– A incidência de homicídios na Baixada Fluminense, que era a principal preocupação quando a DH foi criada, está baixando e o índice de resolução, aumentando. Encontramos uma sinergia grande com a comunidade, que acredita e colabora conosco, o Ministério Público, a Polícia Militar e as delegacias distritais – afirmou o delegado.

Houve queda de 8,11% de latrocínios (roubo seguido de morte): 34, nos dez primeiros meses de 2015, e 37, de janeiro a dezembro de 2014. Durante todo o ano passado, foram registrados 1.968 homicídios dolosos e 44 latrocínios.

Três perguntas para o delegado-titular:

Em fevereiro de 2015, a Polícia Civil criou a Divisão de Homicídios, que reúne as três delegacias especializadas do estado. O objetivo é padronizar e aperfeiçoar as ações das unidades e dar cunho mais científico ao trabalho de investigação.

D.O. Notícias – Atualmente, qual é o perfil da Baixada Fluminense?

Giniton Lages – Na região, há desde crimes rurais, brigas de vizinhos, até milícia organizada. Buscamos implementar ações diferentes para encarar essas peculiaridades e demonstrar que se a pessoa fizer justiça com as próprias mãos, será alcançada pela polícia. Temos percebido uma mudança gradual de mentalidade.

D.O. – Como é a relação da DHBF com a população e as outras forças de Segurança?

GL – Quem mora na Baixada Fluminense tem muita crença no trabalho policial, valoriza e quer colaborar com informações. Também encontrei grande entrosamento com as delegacias distritais, o Ministério Público e a Polícia Militar, o que facilita o relacionamento, a investigação e a elaboração do inquérito policial.

D.O. – O que planeja implementar na especializada durante sua gestão?

GL – Para 2016, as DHs começarão a investigar os homicídios decorrentes de intervenção policial (auto de resistência) e aqui começaremos por Magé e São João de Meriti, com ampliação gradual para outras áreas. Com a PM, que circula por toda a Baixada, vamos aperfeiçoar a rotina protocolar de preservação da cena do crime. Também planejamos que os quatro delegados de áreas circulem pelas regiões, compartilhem informações e as equipes permaneçam setorizadas. Achamos que esse modelo produz mais resultados e tem uma margem de segurança maior.

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