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Hospital da UFRJ suspende consultas e cirurgias devido a falta de repasses

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Com um rombo de R$ 11 milhões no orçamento de 2015, o Hospital universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ, na Ilha do Fundão, suspendeu consultas e cirurgias eletivas. A unidade tem recebido repasses irregulares desde junho, gerando inadimplência com fornecedores que já não entregam materiais essenciais.

A falta dos insumos provocou o cancelamento de 115 cirurgias eletivas desde o final de novembro. Em média, 17 cirurgias não foram realizadas por dia. A unidade informou em documento que O DIA teve acesso com exclusividade que interrompeu as cirurgias e internações eletivas, por falta de repasses dos recursos do Fundo Nacional de Saúde.

O documento é uma carta enviada pelo diretor geral da unidade, Eduardo Côrtes, encaminhada ontem a todos os deputados federais eleitos pelo Rio. Nela, Côrtes expõe o estado crítico da unidade e admite que os estoques estão chegando a zero, o que fez com que a unidade tenha tomado a decisão começar a interrupção de todas as atividades da unidade.

“Está sendo muito difícil para nós”, lamentou o diretor do Clementino Fraga Filho. Segundo ele, a unidade que anualmente faz 8 mil internações, 5 mil cirurgias e 213 mil consultas ambulatoriais não conta mais com estrutura para todos os atendimentos. “Não podemos fazer cirurgias. Os pacientes não terem nem soro”, aponta.

“Meu neto precisa de tratamento gástrico. Não sei como vai ser”, diz Maria Helena Barroso, moradora de Nova Friburgo que vem ao Rio só para as consultas do neto Guilherme, de sete anos.

Atualmente 150 pacientes graves continuam internados, sendo 16 no CTI e na unidade coronariana. “Estamos contingenciando os recursos para atender aos que não podemos transferir”, diz o diretor que já cortou gastos, determinou a suspensão das cirurgias eletivas e mandou avaliar os pacientes que podem ser transferidos para outras unidades de saúde.
Segundo Côrtes, a crise que atinge o governo estadual só agrava ainda mais o caso. “Não há vagas para transferir os pacientes”, lamenta o diretor.

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