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Temendo mais apertos em 2016, as donas-de-casa deixam carne no balcão e levam ovo

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Daniela Amorim

A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 11% em dezembro, informou nesta terça-feira, 22, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. O resultado é 0,9 ponto porcentual superior ao de novembro, de 10,1%, e representa um novo recorde na série histórica iniciada em setembro de 2005.

“O resultado reflete uma piora significativa. Se compararmos ao início do ano, observamos um aumento de 3,8 p.p. das expectativas de inflação em um ano com crescimento negativo do PIB e taxa Selic elevada. Entre os fatores que parecem mais estar impactando as expectativas são o IPCA de 2015, em torno de 10%, e o sentimento de perda de renda dos consumidores. Não se espera que a tendência se altere nos próximos meses, mas, com o aprofundamento da crise, é possível que as expectativas se estabilizem ao longo de 2016”, afirmou, em nota, o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).

Em dezembro, a faixa de renda mais baixa apresentou elevação no indicador superior às demais faixas pesquisadas, ao subir de 10,1% em novembro para 11,6% em dezembro.

O Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor. Produzidos desde setembro de 2005, os dados vinham sendo divulgados de forma acessória às análises sobre a evolução da confiança do consumidor. Desde maio de 2014, as informações passaram a ser anunciadas separadamente.

A Sondagem do Consumidor da FGV coleta mensalmente informações de mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Cerca de 75% destes entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.

estadao

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