Dilma e Haddad dão o abraço dos afogados em um ano de decisivas eleições municipais
Publicado
emJuliana Diógenes
A avaliação ruim ou péssima da gestão do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), passou de 40% para 56%, segundo dados da pesquisa Ibope. Outros 13% avaliam a administração municipal como boa ou ótima. E 31% consideram regular.
Os números foram apresentados pela Rede Nossa São Paulo, realizadora da 7ª edição do levantamento da IRBEM (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município), em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A pesquisa foi realizada entre os dias 30 de novembro e 18 de dezembro de 2015 com 1.512 moradores da cidade de São Paulo com 16 anos de idade ou mais. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.
A avaliação negativa é a pior da série histórica do IRBEM. No levantamento anterior, divulgado no ano passado, a gestão Haddad tinha 15% de aprovação ótima ou boa, 45% de avaliação regular e 40% de ruim ou péssima.
Já no primeiro ano de gestão do prefeito, a pesquisa apontou que 11% dos paulistanos consideravam a administração ótima ou boa, 49% classificavam como regular e 39% avaliavam como ruim ou péssima.
Segundo os dados divulgados nesta terça-feira, a Câmara Municipal é avaliada como ruim ou péssima por 71%. Dos paulistanos entrevistados, 5% consideram ótima ou boa a atuação dos vereadores – na pesquisa anterior, eram 10%.
Bombeiros, Correios e Igreja, nessa ordem, lideram o ranking das instituições com maior confiança da população.
Cresceu de 13% para 36% o porcentual de paulistanos insatisfeitos com a qualidade de vida em São Paulo, que dizem ter piorado muito ou um pouco. Caiu de 37% para 23% os que consideram que a qualidade melhorou muito ou pouco.
Crise hídrica – Caiu o número de paulistanos que atribuem a responsabilidade da crise hídrica ao Governo do Estado, passando de 30% na edição anterior para 23% nesta pesquisa. Entre os entrevistados, 67% acreditam que a Sabesp é a principal responsável pela crise hídrica, ante 61% do levantamento anterior.
Por outro lado, subiu de 42% para 45% os que creditam a crise à falta de planejamento do governo estadual. São 18% os que atribuem à falta de chuvas – ante 29% do ano passado.
Dentre os entrevistados, 64% afirmam ter tido (eles próprios ou familiares) problema com abastecimento de água nos últimos 30 dias. No ano passado, esse número ficou em 68%.
Segurança – Do total de entrevistados, 68% declararam que sairiam de São Paulo se pudessem. No ano passado, 57% afirmaram que mudariam de cidade se pudessem.
Caiu de 10% para 7% os que consideram São Paulo um lugar muito seguro ou seguro para morar. Entre os que avaliam a capital como pouco ou nada segura, subiu de 89% para 92%. Os principais medos dos paulistanos continuam sendo, na ordem: violência em geral, assalto/roubo e tráfico de drogas.
Transporte público – Em 2015, 71% dos entrevistados afirmam utilizar ônibus como meio de transporte diário na cidade. Na pesquisa anterior, eram 68% os que responderam afirmativamente a essa questão.
O tempo médio de espera passa de 20 para 21 minutos em relação à pesquisa anterior.
Saúde – Segundo a pesquisa, vem aumentando ao longo dos anos o porcentual de paulistanos que afirmam utilizar algum tipo de serviço de saúde pública nos últimos 12 meses. Nesta edição da pesquisa, atinge 74%, ante 72% no ano anterior. Entre os que afirmam utilizar, há uma discreta melhora nas notas dadas aos serviços oferecidos.
Por outro lado, cresceu o tempo de espera para serviços de saúde O tempo de espera para consultas no sistema público de saúde passa de 56 para 82 dias. Para exames, sobe de 78 para 98 dias. E para procedimentos mais complexos, vai de 169 para 186 dias.
Levantamento – Dos 169 itens avaliados, com notas que podem variar de 1 a 10, 150 (89%) ficam abaixo da média da escala (5,5), 16 (9%) ficaram acima e 3 (2%) alcançaram a média. Na edição anterior da pesquisa, os resultados eram: 139 (82%) abaixo da média, 28 (17%) acima e 2 (1%) na média.
De acordo com a pesquisa, as áreas com maior insatisfação estão diretamente relacionadas às instituições governamentais, como: infância e adolescência, transporte e trânsito, acessibilidade para pessoas com deficiência, segurança, assistência social, desigualdade social e transparência e participação política.