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Crise na saúde do Rio paralisa centro especializado em anomalias craniofaciais

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Flávia Villela

Sem salário há quase quatro meses, os mais de 40 funcionários do Centro de Tratamento de Anomalias Craniofaciais (Ctac), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), estão em greve.

Segundo a assessoria da Uerj, estão sendo atendidos apenas casos de urgência, mas a unidade não abriu hoje (22). Normalmente, são feitos em média 50 atendimentos por dia. O centro é referência em tratamento e cirurgias reparadoras de anomalias como a de fissura labial.

Em nota, Policlínica Piquet Carneiro, gestora do centro e vinculada à Uerj, informou  que o atendimento ambulatorial e as cirurgias eletivas estão parcialmente suspensos, aguardando a regularização dos repasses financeiros pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro.

Em nota, a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde informou que a programação de cirurgias no Ctac cabe ao próprio centro, que funciona na Policlínica Piquet Carneiro. Quanto aos repasses, a secretaria esclarece que os recursos já foram disponibilizados e que cabe à Secretaria de Fazenda efetuar os pagamentos.

No texto, a Secretaria de Saúde ressalta que não é responsável pela gestão da Policlínica Piquet Carneiro que, assim como o Hospital Universitário Pedro Ernesto, é vinculada à Uerj, que tem autonomia universitária e envia suas ordens de pagamento diretamente à Fazenda, que usa os recursos disponibilizados pela SES para os pagamentos. A nota destaca ainda que a Secretaria de Saúde não gerencia as datas de pagamentos feitos pela Fazenda.

A Secretaria da Fazendo informou que os recursos para o Ctac seriam liberados ainda hoje (22) para a unidade.

A crise não afeta apenas o Ctac, atingindo todo o sistema de saúde, devido à falta de recursos no governo do estado. Na segunda-feira (19), o Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à Uerj, suspendeu as cirurgias marcadas para esta semana depois de um alagamento que atingiu o centro cirúrgico da unidade.

Em novembro, a Uerj suspendeu as aulas devido à “situação de insalubridade” no campus do Maracanã, zona norte.

Agência Brasil

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