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Brasil terá 600 mil casos de câncer este ano; desses, 57 mil serão de mama

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Marta Nobre

Neste mês, em que se comemora o dia mundial de combate ao câncer pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estão enfatizadas duas notícias distintas: 1) só no Brasil, serão registrados quase 600 mil novos casos; 2) com os avanços tecnológicos a doença deixou de ser mais um bicho de sete cabeças, embora ainda assuste.

As patologias que mais atacam os homens são as provenientes da próstata. Já nas mulheres, as mamas e o colo do útero são os principais alvos. Dos mais variados casos previstos para o Brasil ao longo do ano, 57 mil serão do câncer de mama e outros 61 mil, de próstata. Traqueia, brônquios e pulmões também estão na lista de maiores incidências para ambos os sexos.

O oncologista Anderson Silvestrini, do Hospital Santa Luzia, em Brasília, comenta que atualmente os pacientes têm mais vontade de combater a doença e não se deixam abalar como antigamente. “Hoje em dia, o pessoal encara a situação com mais otimismo. Tenho até pacientes que buscam fazer diagnósticos precoces para combater a doença o quanto antes. A notícia de um câncer ainda choca, mas os vejo com mais força de vontade e cientes de que a doença pode ser combatida e eliminada”, conta o médico.

A incansável busca pela cura leva os estudiosos a um engajamento profundo e o avanço nas pesquisas e tecnologias elevam as taxas de sobrevida dos pacientes, diz Silvestrini.

– Costumamos falar que chegamos à terceira fase, a da imunoterapia (tratamento de doenças pela modificação do sistema imunitário). Desde o ano passado, os estudos tentam estimular o organismo a tratar o câncer naturalmente. Isso é muito bom, explica o especialista, vendo com bons olhos as perspectivas de cura.

Mama – O especialista comenta sobre um tratamento muito utilizado com as mulheres: a terapia alvo. “Ela tem ajudado muito no aumento da qualidade de vida das pacientes. É um novo tipo de tratamento que usa drogas ou outras substâncias para identificar e atacar especificamente as células cancerígenas causando pouco dano às normais. É feita por meio de medicação via oral e resulta em menos efeitos colaterais que uma quimioterapia, por exemplo”, pontua o médico.

De acordo com Anderson Silvestrini, algumas atitudes do dia-a-dia são cruciais para evitar o desenvolvimento de um câncer. O combate ao fumo precisa ser enfatizado, diz, lembrando que além de não fumar, ter uma dieta balanceada e praticar atividades físicas regularmente também contribuem para uma vida mais saudável.

Outras dicas do oncologista Silvestrini incluem visita ao médico regularmente; fazer pré-diagnostico quando perceber sintomas da doença; buscar e manter sempre uma vida saudável; pesquisar tratamentos especializados; não se deixar abater.

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