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Aedes voa solto, pica quem quer e deixa mais de 1 mil brasilienses com dengue

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Jade Abreu

Até 2 de fevereiro, a Secretaria de Saúde registrou 1.073 confirmações de casos de dengue em moradores de Brasília. Os números constam do boletim epidemiológico divulgado pela pasta nesta quarta-feira (3). Como nos últimos informativos, houve aumento em comparação ao mesmo período do ano passado.

Brazlândia continua sendo a região administrativa com o maior índice da doença, seguida por São Sebastião e Planaltina. Segundo o documento, as estatísticas da dengue diminuíram no Guará, no Lago Norte e no Lago Sul, e não houve alteração no Cruzeiro, na Fercal, no Paranoá, no Park Way, no Setor de Indústria e Abastecimento e no Varjão.

De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde, Tiago Coelho, o aumento dos casos pode ser explicado pelo volume de chuvas maior do que no ano passado e pelo crescimento de ocorrências da doença em todo o País. Além disso, destaca Coelho, a obrigatoriedade, desde 2 de janeiro, de os planos de saúde oferecerem testes rápidos que identificam a dengue, a febre chikungunya e o zika vírus contribuíram para elevar a quantidade de notificações.

Chuvas – Desde 1961, quando o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) começou a calcular os índices pluviométricos na capital, o mês passado foi o sétimo janeiro mais chuvoso, com 398,8 milímetros — a média calculada no período é de 247,4 milímetros. O mês ficou apenas quatro dias sem chuva: 5, 28, 30 e 31. Em 2015, o índice de janeiro foi de 91,7 milímetros, com período de estiagem de 17 dias (de 5 a 21).

Comparação nacional – O incremento da dengue ocorreu em todo o território nacional. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, 2015 fechou com 1.649.008 ocorrências. Em 2014, foram 589.107 confirmações. O balanço de janeiro ainda não foi concluído.

Na comparação nacional, o Centro-Oeste foi a região com a maior incidência de casos, com média de 1.451,9 para cada 100 mil habitantes. Em números absolutos, houve 220.966 ocorrências. Goiás ficou com 163.117 e em seguida aparecem Mato Grosso do Sul, com 27.989, e Mato Grosso, com 20.223. No Brasil, o Distrito Federal é a 15ª unidade da Federação com o maior número registrado (9.637).

Ações continuadas – O governo de Brasília tem intensificado as ações de combate ao Aedes aegypti. Nesta semana, foram feitas vistorias para identificar possíveis focos do mosquito transmissor na Esplanada dos Ministérios.

A partir desta quarta-feira (3), equipes especiais começaram a atuar em casas abandonadas em Brazlândia, região administrativa com o maior número de casos em 2016. O objetivo é fazer uma varredura e eliminar todos os prováveis criadouros. Nesta manhã, oito moradias receberam agentes da Saúde e 300 homens das Forças Armadas. Na Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa), as bancas foram vistoriadas por um grupo formado por dez garis do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e um servidor da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis).

Além do SLU e da Agefis, outros órgãos estão empenhados em reduzir os casos de doenças transmitidas pelo mosquito: Casa Civil, Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), Corpo de Bombeiros Militar, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), Polícia Militar, Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Secretaria de Saúde e Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, vinculada à Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social.

Agência Brasília

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