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Distritais reabrem crise do grampo e cobram da UnB nome de quem gravou

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Zildenor Ferreira Dourado

A Câmara Legislativa deverá solicitar oficialmente ao reitor da UnB, Ivan Camargo, que informe  à Casa quais foram os usuários de computadores daquela universidade, responsáveis pelo vazamento e edição de diálogos ocorridos em reunião entre os deputados distritais e o governador Rodrigo Rollemberg, no início do ano passado.

A decisão foi anunciada depois que o deputado Wellington Luiz (PMDB) denunciou no plenário, durante a sessão ordinária desta terça-feira (23), que recebeu documentos comprovando que a distribuição das gravações partiu de três computadores registrados com IPs (números de identidade do computador na rede), de responsabilidade da reitoria da UnB.

“Essa foi uma situação vexatória a que foram submetidos os deputados distritais, acusados de terem vazado a conversa do grupo com o governador. É preciso que se apure e que se explique isso”, cobrou o parlamentar, acrescentando que, como policial, aprendera “a não acreditar em coincidências sobre o local do crime”.

Vários distritais apoiaram em apartes a cobrança da apuração pela universidade. A presidente da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão, acatou a sugestão para que a Casa cobre da UnB a informação sobre quem utilizou seus computadores e distribuiu as gravações. “Tudo que se fala com o governador deveria ser republicano e de conhecimento público. O que considero gravíssimo foi a edição e o vazamento”, enfatizou.

O deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) defendeu que a presidência da Câmara solicite audiência ao reitor da UnB, em nome de todos os 24 parlamentares, para que  ele possa dar respostas sobre quem fez uso indevido das gravações naquela instituição. “Foi uma atitude pueril, boba, mas que precisa ser investigada”, advertiu.

Celulares – O distrital Wellington Luiz  também manifestou inconformismo  com o fato de a Governadoria não permitir que os deputados e outras pessoas que participam de reuniões com o governador entrem na sua sala portando celulares. Segundo criticou, ele teve que deixar seu aparelho pessoal em um escaninho, ao acompanhar um grupo de policiais em audiência com o governador. “Se tiver que deixar meu celular lá eu prefiro não participar de reunião nenhuma”, reclamou.

O líder do governo, deputado Júlio César (PRB),  disse que também não concordava com aquela medida que fora adotada por recomendação da Casa Militar. “Não acredito que essa decisão foi feita para os deputados, mas vou conversar com o governador sobre isso, pois também não concordo com ela”, declarou.

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