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Rio de Janeiro inicia vacinação de meninas de 9 a 13 anos contra o vírus HPV

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Cristina Indio do Brasil

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro começou hoje (1º) a campanha de vacinação de meninas de 9 a 13 anos contra o vírus HPV, para prevenção do câncer de colo de útero.

A campanha vai seguir a orientação do Ministério da Saúde, que adotou o esquema vacinal de duas doses. A segunda dose deve ser tomada seis meses após a primeira. Antes, eram aplicadas três doses. “Alguns países adotaram esta recomendação, porque do ponto de vista público, se a gente tiver mais de 80% de cobertura vacinal e, com isso, diminuir a circulação do vírus, o esquema de duas doses é considerado eficaz”, explicou a presidenta da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Isabella Ballalai.

A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV.  “Os 16 e 18, que são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero no Brasil, e o 6 e 11, que não causam câncer, mas causam as verrugas genitais, que não são tão graves como o câncer do colo do útero, mas é uma das doenças mais comuns na população mundial. É uma doença sexualmente transmissível”, disse a pediatra.

Escolas
O governo municipal irá intensificar a campanha este mês, mas a vacina está disponível nos postos de saúde durante todo o ano.  “A vacina faz parte do calendário e no momento em que a menina quiser procurar a unidade de saúde, em qualquer mês, ela vai ser vacinada. Neste mês de março, a gente faz uma intensificação das ações com divulgação, com informação e palestras e a vacinação nas escolas municipais”, disse a coordenadora do Programa de Imunizações do município do Rio, Nadja Greffe.

Neste mês, as meninas que não forem vacinadas, poderão receber a primeira dose nas unidades de Atenção Primária, como clínicas da família e centros municipais de saúde e também nas escolas da rede municipal. Quem já tomou a primeira dose, devem ir aos postos para receber a segunda, levando a caderneta ou comprovante de vacinação. De acordo com a pediatra Isabella Ballalai, mesmo que esteja em atraso para a segunda dose, a menina pode buscar tomar a vacina sem ter de começar a contar um novo período.

“Vacinar as meninas contra o HPV é permitir que a gente tenha uma redução esperada de pelo menos 70% dos casos de câncer de colo de útero no futuro quando forem mulheres adultas. É protegê-la também contra o câncer de ânus, de boca, de ovário de vagina”,  destacou a pediatra.

Desde 2014, equipes de saúde vão às escolas para vacinar as estudantes. “A gente sente que ainda é tímida a visita da menina, do grupo adolescente à unidade de saúde. Ir ao ambiente em que se encontre esse grupo reunido e a vacinação sendo feita de forma coletiva, a menina com suas amigas, agrega mais a adesão e o entendimento da importância”, disse a coordenadora Nadja Greffe. Os pais são avisados previamente da ação para poder autorizar a aplicação da vacina nas filhas.

Adolescentes
A vacina também estará disponível para adolescentes e mulheres que tenham vírus HIV, na faixa etária de 14 a 26 anos, desde que apresentem uma declaração médica recomendando a imunização. “O esquema para elas é de zero, dois e seis meses, quer dizer, a segunda dose, dois meses, e a terceira seis meses depois da primeira dose”, explicou Isabella Ballalai.

Agência Brasil

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