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Fórum Mundial das Águas vai ficar de olho no mundo e nas torneiras dos brasilienses

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Kim Oliveira

Você já se imaginou abrindo a torneira em um futuro próximo, e não ver a água cair? Logo em Brasília, que tem mananciais de água e um lago que, vira e mexe, precisa ter as comportas abertas para evitar que transborde? Esse é um cenário factível, embora possa ser evitado com a adoção de medidas a curto e médio prazo, para evitar que mais adiante, falte água.

A escassez da água no mundo – e em termos regionais, claro – é um dos temas a ser debatido no Fórum Mundial das Águas, que acontecerá na capital da República em março de 2018. E por ser um assunto de grande abrangência, a Adasa (Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal) começa a preparar a cidade para receber especialistas no assunto.

É com o tema “Compartilhando Águas”, que Brasília sediará o encontro. Será a primeira cidade do Hemisfério Sul a receber o maior evento de recursos hídricos do mundo. São esperados mais de 40 mil participantes de diversos países. O evento proporcionará que técnicos de todo o planeta compartilhem conhecimento, experiências e, sobretudo, benefícios e soluções para os recursos hídricos. Dentre os temas a serem abordados, estão o acesso à água para consumo humano e para agricultura.

Imagem de Brasília – O diretor presidente da Adasa, Paulo Salles, avalia que o evento trará grande visibilidade ao DF. “É uma oportunidade de demonstrar bons trabalhos e boas práticas em saneamento, gestão de recursos hídricos, pagamentos por serviços ambientais, gestão do Lago Paranoá, entre outras experiências exitosas. Isso certamente trará novas oportunidades de parcerias e cooperações com outras instituições”, afirma.

O Fórum ocorre a cada três anos em diferentes países desde a sua primeira edição em 1997, em, Marrakesh, quando contou com cerca de 500 participantes e vem crescendo a cada edição, a última, em 2015, na Coréia do Sul contou com 40 mil pessoas de 168 países incluindo 10 chefes de Estado e mais de 120 delegações oficiais de governos nacionais.

Com a dimensão do evento, há grande expectativa para o setor de turismo, hotelaria, gastronomia, logística de transportes, recreação e comércio com o evento, já que será grande a movimentação de pessoas que necessitarão de hospedagem, alimentação, transporte e turismo.

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Paulo Salles considera que o 8º Fórum será mais que um evento; será, isso sim, uma troca de conhecimento. “O mundo vem discutindo o tema da água, são 160 países interessados no tema discutido. O Fórum não é apenas um evento, vamos apresentar projetos do que nós fizemos nos últimos anos, de forma organizada e sistematizada e os outros países vão mostrar o que estão fazendo também”, explica.

A iniciativa do evento é do Conselho Mundial da Água, uma organização independente formada por cerca de 350 membros de todos os setores da sociedade. O objetivo é mobilizar diferentes setores para uma visão compartilhada das águas, fortalecer o intercâmbio de experiências, envolver lideranças e legisladores para estabelecer compromissos políticos em prol da gestão sustentável das águas e aumentar a conscientização da sociedade sobre a importância do tema água.

De acordo com a Asada o 8º Fórum não fará obras, melhoria de infraestrutura ou algo do gênero, trata-se de uma reunião mundial de pessoas. Os recursos para o processo de preparação e logística necessária a sua realização virão do Governo do DF, do Governo Federal e do setor privado.

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