Coelhinho é dócil, chocolate é doce. Vilã, quando existe, é a gula, adverte dermatologista
Publicado
emMarta Nobre, Edição
A Páscoa é uma das celebrações mais esperadas do ano. Mesmo quem não segue à risca as tradições, nessa época, costuma se entregar às delícias do chocolate. No entanto, o aumento no consumo traz preocupações com a saúde da pele. Segundo o dermatologista Erasmo Tokarski, o chocolate não é o principal fator para o aparecimento de acne, mas, por ser um alimento gorduroso, ele pode acabar aumentando a oleosidade da pele quando ingerido em excesso.
“Isso pode piorar a acne de quem já tem predisposição e agravar quadros inflamatórios pré-existentes. Mas é uma complicação que vale para qualquer comida com muita gordura”, explica Tokarski. Ele recomenda controlar a alimentação e consumir o produto sem exagero. Existem medidas simples de prevenção que diminuem os fatores de risco: “O principal é comer chocolate de forma moderada e fazer uma alimentação rica em fibras, junto com alguns cuidados com a pele”.
É importante manter a pele limpa, lavando com sabonetes específicos para o problema. Outros cuidados também são válidos, como fazer uma limpeza de pele com esteticista e aplicar secativos para acelerar a melhora das espinhas inflamadas. A alimentação correta e a higienização da pele é o melhor caminho para prevenção.
Para quem não resistir às guloseimas da Páscoa e o chocolate acabar piorando o quadro de acne, a solução é procurar um médico especialista. “Dependendo do caso, o tratamento pode ser tópico ou oral e, para peles lesionadas, os principais tratamentos são com laser, peeling e preenchimento”, indica Tokarski.
O chocolate não é um vilão: o consumo exagerado é que pode causar problemas. Ele é capaz de proporcionar benefícios para o sistema circulatório e agir como um protetor cardiovascular devido a presença de flavonoides antioxidantes, que também ajudam a evitar o envelhecimento precoce. A dica é maneirar o consumo de chocolate na Páscoa para não ter surpresas desagradáveis.