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Palmeiras não usa a cabeça, perde na estreia de Cuca e se complica na Libertadores

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Daniel Batista

Desde o ano passado, o assunto no Palmeiras era a Copa Libertadores deste ano. O elenco numeroso foi ainda mais reforçado e a confiança era total. Quatro jogos depois e atuações decepcionantes, só uma grande combinação de resultados faz o time alviverde se manter vivo na competição continental. A derrota por 1 a 0 para o Nacional na noite desta quinta-feira, em Montevidéu, foi um balde de água fria na estreia do técnico Cuca.

O treinador chegou ao clube fazendo juras de amor e prometendo mudanças. Teve dois treinamentos com todo o elenco e não deu tempo de fazer muita coisa diferente. De fato, o técnico Cuca escalou caras novas, como Gabriel (que voltou ao time após sete meses), Arouca e Allione, mas a falta de organização e criação de jogadas foi a mesma dos tempos de Marcelo Oliveira.

Antes de a bola rolar, foi feito um minuto de silêncio em homenagem ao ex-atacante Gaúcho, que defendeu o Palmeiras no fim da década de 80 e teve a carreira marcada por defender um pênalti contra o Flamengo, e pela irreverência na comemoração dos gols. Nesta quinta, não havia motivo algum para sorrir.

O Nacional entrou em campo da mesma forma que fez no Allianz Parque, quando venceu por 2 a 1, na semana passada. Foi para o ataque e jogou em cima dos erros individuais e dispostos a arrumar confusão em todo o lance. Os palmeirenses, mostrando ingenuidade muitas vezes, caiu na pilha do adversário e se deixou levar durante toda a primeira etapa.

De diferente no time de Cuca, a linha de impedimento, que falhou algumas vezes, até pela falta de entrosamento, e também o fato de ter uma variação de tática ao longo da partida, que também não surtiu o efeito esperado. Tanto que o goleiro do Nacional foi aparecer no jogo por volta dos 30 minutos. Antes, pela TV não era possível nem saber a cor de seu uniforme.

No banco de reservas, Cuca gritava, gesticulava e tentava entender o motivo de não ver em campo o que foi treinado. No fim do primeiro, os jogadores perceberam que também precisavam mudar a postura. Eles se reuniram no centro do gramado, conversaram e tentaram se entender.

ATAQUE – No intervalo, Cuca mandou o time para o ataque. Colocou Gabriel Jesus e Robinho e fez a equipe jogar no 4-3-3. Ao invés de aumentar o poder do ataque, abriu ainda mais o time, tanto que o Nacional se aproveitou e abriu o placar após falhas de posicionamento de Edu Dracena e Zé Roberto, que deixaram Nico López livre para desviar de cabeça.

No banco de reservas, Cuca olhou para o banco com o semblante de quem não sabia o que fazer e se limitou a coçar a nuca. A situação estava bastante complicada e restou uma única cartada. Colocou Barrios no lugar do volante Gabriel e escancarou o time no 4-2-4.

O desespero não deu em nada. Aos 45, Alecsandro teve a chance e o goleiro pegou. O Nacional se fechou, deixou o Palmeiras se atrapalhar sozinho e ver o sonho da Libertadores ficar quase impossível.

Com o tropeço, o Palmeiras estacionou nos quatro pontos, ocupando agora a terceira colocação do Grupo 2. O Nacional segue na liderança, com oito pontos. E o Rosario Central é o novo segundo colocado, com sete, após vencer o River Plate-URU, por 3 a 1, fora de casa.

RACISMO – O atacante Gabriel Jesus, do Palmeiras, foi alvo de injúria racial durante desta noite, no Estádio Gran Parque Central, em Montevidéu. Câmeras de TV flagraram um torcedor imitando um macaco na arquibancada, próximo ao jovem jogador, de apenas 18 anos.

estadao

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