General vê ‘vitória breve’ e sugere ao povo que concentre o fogo contra Dilma e aliados
Bartô Granja e Otávio Medeiros Jr.
O governo Dilma Rousseff está ‘desmoronando’ – isso sem qualquer ilação à ação do juiz Sérgio Moro à frente da Operação Lava Jato. “A presidente vai deixar o Palácio do Planalto pela força do povo, que ao ocupar as ruas cada vez mais, fará o Congresso Nacional aprovar o processo de impeachment. Isso, se ela não renunciar antes”.
O raciocínio é do general Paulo Chagas, presidente do Grupo Ternura – Terror Nunca Mais. Em manifesto publicado após os atos contra o governo e contra a nomeação de Lula para a Casa Civil, que ocorrem em todo o País, ele elogia a coragem do povo em ocupar as ruas contra a ‘blindagem do Exu de Garanhuns’, numa referência ao ex-presidente.
– O governo Dilma está claudicante, mas é óbvio que não há combate fácil quando os adversários são bandidos inescrupulosos. Todos nós, que, de alguma forma, nos temos engajado neste movimento patriótico, sabemos disso, afirma o general. E enfatiza, citando o almirante Barroso (que comandou a Batalha do Riachuelo): “é preciso sustentar o fogo (contra Dilma) porque a vitória é nossa”.
Leia trechos do manifesto
1 – A tramoia deu sobejas razões para que o povo brasileiro despreze ainda mais Lula, Dilma e o PT. As manifestações espontâneas que se seguiram aos anúncios e revelações de ontem (16/03) trouxeram consigo, imediatamente, as mudanças de atitudes dos manifestantes.
2 – Cabe-nos agora, sem precipitação, mesmo amargurados e revoltados, demonstrar a nossa intransigência e a nossa repulsa sem violência, sem desrespeito à Polícia e ao patrimônio público e privado. A massa é a nossa força – nós somos mais do que eles e representamos a imensa maioria dos brasileiros. Motiva-nos o patriotismo e não os sanduíches de mortadela. Somos idealistas e não mercenários.
3 – O agradecimento de Dilma aos presentes à posse de Lula que, segundo ela, “tiveram a coragem de comparecer” revela que ela está consciente da sua solidão e de que só pode contar com políticos com o caráter de Paulo Maluf e com os militantes e tietes nos cargos de confiança em seus muitos ministérios.
4 – A determinação patriótica, a firmeza de propósitos e a correção de atitudes presentes nas nossas manifestações é que transformarão suas artimanha em tiros no pé e nos permitirão desalojá-los do lugar de onde têm conspirado contra a nossa liberdade e se locupletado com o fruto do nosso trabalho.
5 – A arrogância hipócrita com que Dilma, Lula e o PT se colocam face à vontade nacional é o melhor testemunho do seu desprezo pelos homens e mulheres de bem deste País e sua maior vulnerabilidade neste epílogo patético do período mais vergonhoso da nossa história.
6 – A Boneca de Ventríloquo está nua diante da sociedade brasileira. As desculpas esfarrapadas contidas no discurso em que deu posse a Lula e a forma estúpida como se dispõe a enfrentar a revelação das manobras espúrias com que pretendeu proteger seu padrinho demonstram sobejamente seu desprezo pela verdade e pelos limites da sua autoridade.
7 – A irresponsabilidade da promessa de ataque ao Juiz Sérgio Moro e à sua obra saneadora da honra nacional é outra demonstração da personalidade atabalhoada e da soberba da Governanta Dilma Rousseff.
8 – Não podemos ignorar ou “deixar barato” nenhuma das afrontas do governo, mas, como sempre, devemos fazê-lo de forma veemente, séria e ordeira. Não podemos perder nenhuma instância da nossa razão e, muito menos, equiparar-nos ou aceitar as provocações da “peonada” do PT, do MST, do MTST, da CUT e da UNE.
