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Cunha compara negociação de cargos a gesto de fim de governo e feira do Petrolão

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Julia Lindner

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a criticar a negociação de cargos que o governo federal está articulando com partidos da base aliada, após a saída do PMDB, na última terça-feira. Hoje, Cunha afirmou que esse tipo de acordo “é liquidação de fim de governo, é feirão do Petrolão”, fazendo referência ao esquema de corrupção na Petrobras, no qual ele próprio é investigado.

O peemedebista também comentou as declarações do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que criticou o rompimento da sigla com o governo. “Eu não acho que foi precipitado, do meu ponto de vista já está atrasado em oito meses”, opinou. Sobre a declaração de que o afastamento do governo teria sido um movimento “pouco inteligente”, Cunha disse que “então é pouco inteligente a unanimidade que aclamou a decisão”.

Apesar da decisão do partido de que todos os membros devem sair imediatamente do governo, alguns ministros do PMDB demonstram intenção de continuar nos cargos. “Eu defendo que aqueles que estão efetivamente no governo saiam”, avaliou o presidente da Câmara, que disse que as “consequências cabem ao partido”. “Alguns não têm muita identidade com o PMDB, gente recente no partido, esses são os mais aguerridos a continuar no governo.”

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou nesta quarta-feira, 30, pelo microblog Twitter, que não deixará o governo. As mensagens foram publicadas instantes depois de uma foto, publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, flagrar uma troca de mensagens entre ela e um interlocutor. O texto dizia que ela e mais cinco ministros do PMDB ficariam no governo depois de se licenciar do partido.

estadao

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