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Hospital universitário pode fechar no Rio caso não receba verbas, diz diretor

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O Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), corre o risco de fechar as portas até junho caso os repasses de verbas do estado não sejam regularizados. A afirmação foi feita pelo diretor da unidade, Edmar José Alves dos Santos, em audiência pública realizada ontem (30) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

O diretor revelou que o hospital precisaria receber, mensalmente, uma verba no valor de R$ 7 milhões, além de um montante emergencial estimado em R$ 5 milhões, voltado para o restabelecimento de insumos básicos. Ele não informou, no entanto, o valor dos recursos que a unidade vem recebendo nos últimos meses.

Dos 512 leitos do hospital, apenas 200 estão funcionando desde o início do ano. Com os R$ 7 milhões mensais, seria possível usar cerca de 60% da capacidade total de leitos da unidade, além de pagar os salários dos funcionários e terceirizados.

Procurada para comentar a situação e informar valores recebidos pelo Hospital Universitário Pedro Ernesto nos últimos seis meses, a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação disse que a unidade tem autonomia administrativa, e não informou os valores.

Além disso, afirmou que, junto com a Secretaria Estadual de Fazenda, está se esforçando para reunir recursos que garantam que os repasses ao Hospital Pedro Ernesto o mais breve possível. De acordo com a nota, a prioridade tem sido o pagamento de salários.

O Hupe é o único hospital universitário administrado pelo estado do Rio de Janeiro. Mesmo com a crise, em 2015, foram feitas 9.500 internações, 4.200 cirurgias e 213 mil consultas. A unidade também formou 1.360 alunos de graduação, 628 residentes, 116 pós-graduandos e 575 mestrandos e doutorandos.

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