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Votos favoráveis ao impeachment viram rolo compressor na Comissão

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Marta Nobre, Edição

Dos 65 titulares da Comissão Especial do impeachment da Câmara, 35 declaram ser favoráveis ao afastamento da presidente Dilma Rousseff, segundo o Placar do Impeachment. O colegiado formou maioria a favor do processo de impedimento de Dilma na quinta-feira, com a mudança de posicionamento do deputado Paulo Maluf (PP-SP).

Com o voto de Maluf, a comissão passou a ter parlamentares suficientes para aprovar o parecer do relator, Jovair Arantes (PTB-GO), que diz que a denúncia contra a presidente detém “todas as condições jurídicas e políticas” para ser aceita.

Do total de titulares da comissão, 20 deputados se dizem contra o afastamento de Dilma, 8 estão indecisos e 2 não quiseram responder. Até as 23h15 deste domingo, 10, o placar registrava 291 votos a favor do impeachment e 115 contra. Havia, ainda, 61 indecisos e 46 no grupo dos que não quiseram responder.

A base governista se concentrou em buscar votos para evitar uma derrota expressiva hoje na comissão. Se isso ocorrer, avaliam governistas, poderá ampliar a percepção de fraqueza e de isolamento político da presidente Dilma.

Na outra ponta, a oposição avalia que uma boa vitória hoje na comissão, aliada aos eventos da semana passada decorrentes da Operação Lava Jato, lhe dará fôlego nesta semana decisiva.

A expectativa da oposição e do governo é de que o impeachment comece a ser votado em plenário na sexta-feira. A votação deverá terminar no domingo. São necessários 342 votos dos 513 deputados para o impeachment ser aprovado.

Para a oposição, o momento é favorável ao impedimento e o placar na comissão vai variar de 35 a 39 votos pelo afastamento.

Já aliados da presidente afirmam que, se houver derrota na comissão, será por uma margem de, no máximo, dois votos. O Planalto busca ao menos 30 votos favoráveis. Ontem, Dilma se reuniu com ministros para avaliar o cenário da semana.

“Será um placar apertado”, previu o vice-líder do governo, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). “Vai ser por um placar apertado, mas vamos perder ganhando”, disse o vice-líder do governo, Silvio Costa (PT do B-PE). O governo começou a semana com pequenas vitórias que, avaliam, ajudará a obter essa margem apertada de votos desta segunda-feira.

O presidente da Comissão Especial, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), decidiu que não haverá chamada nominal, o que faz com que os votantes se manifestem apenas por meio do painel eletrônico. A oposição avaliava que a votação nominal pressionaria, sob os holofotes da oposição, os deputados a votar contra o governo.

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