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Duas PMs são presas exercendo outras atividades no período da licença médica

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Tiago Frederico

Após o cabo Marco Aurélio Martins de Andrade, do 31º BPM (Barra da Tijuca), receber voz de prisão por estar vendendo peixe em uma feira livre durante o período de Licença para Tratamento de Saúde (LTS), pelo menos mais duas policiais militares foram presas por exercerem atividades laborais no período que deveria ser destinado a tratamentos médicos.

Nesta terça-feira, uma segundo sargento foi presa após ser flagrada trabalhando como veterinária em uma clínica de Paciência. Lotada no Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), a agente é muito querida na corporação, pois já atendeu animais de vários policiais sem cobrar nada.

Na segunda, foi a vez de uma auxiliar de enfermagem do Hospital Central da Polícia Militar (HCPM) ser presa. Ela estava licenciada de 27 de março a 3 de maio, mas foi encontrada, por volta de 8h30, trabalhando na Unidade Neonatal da Maternidade Leila Diniz, na Barra da Tijuca. O nome da policial, inclusive, constava na escala de serviço dos profissionais daquele hospital.

Como O DIA noticiou ontem, a Polícia Militar começou a investigar policiais que se encontram de LTS, mas que seguem exercendo outras atividades. Nos corredores dos batalhões da corporação, os militares comentam que as Delegacias de Polícia Judiciária Militar estão realizando uma espécie de “caça às bruxas”.

Nos próximos dias, os alvos da Corregedoria Interna, conforme O DIA apurou, serão os agentes que atuam em empresas de tabaco e cervejas. Segundo informações, já existe uma lista completa dos policiais envolvidos. Outros agentes que vêm sendo sendo investigados são aqueles que trabalham como motoristas para o aplicativo Uber.

Para evitar que os policiais militares entrem com pedidos de Licença para Tratamento de Saúde, os atendimentos foram temporariamente suspensos na clínica de psiquiatria da PMERJ. Circular afixada nos corredores da unidade pedia aos agentes que entrassem em contato com o setor de marcação de consultas.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar, que, por meio de sua assessoria de imprensa, disse não ter mais detalhes.

O DIA

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