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Dores do coração

A carta nunca entregue mantém em segredo o que seria revelado

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Autor/Imagem:
Luzia Couto - Foto Francisco Filipino

Há um caminho que o tempo traça, um suspiro que morre antes de se converter em ar, ilusão que o coração sente, história de um livro velho. É uma carta que nunca chega, um beijo nos lábios que jamais nasceram, sombra de um nome nunca dito, a essência da alma oprimida.

É um navio que nunca sai do porto, a brisa que envolve a manhã, o verso de amor para alguém distante. É a promessa que mora na pausa do tempo, o amor que não chegou para o inverno, não conhece ruínas nem despedidas.

É fogo que arde sem consumir, é história escrita com caneta de ouro. E ainda assim, com infinita ausência, machuca meu peito. Porque o tempo não cobre ausência nem enfrenta um adeus, o que não envelhece na memória vive no coração.

Você é o poema nunca escrito, mesmo assim me faz te querer, pois é assim que o amor invisível é sustentado, é a carta de amor que o correio nunca entregou, o livro com páginas em branco onde será escrita uma história de amor.

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