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Destino

A terra como um véu na morte da mata virgem e do corpo

Publicado

Autor/Imagem:
Luzia Couto - Foto Produção Francisco Filipino

Então o véu da terra se rasgou até as mais profundas entranhas, para acolher seu corpo que inerte se despedia da grandeza da arte de viver.

O sol brilhou forte naquele dia, o céu estava azul, os pássaros cantavam forte, compondo bela sinfonia.

As flores perfumadas que antes enfeitara seu jardim, agora cobria seu corpo.

A árvore, que antes oferecia sombra e abrigo nas tardes quentes, agora oferecia a urna que guardaria seu frágil corpo para a morada derradeira.

Ao deitar sobre a terra cortada seu corpo frio, Então esta lhe cobriu com gentileza, como que dissesse, ei eu te recebo, vou acariciar você até sol-ver sua essência.

A vida é uma vela, que acesa, a chama ilumina, chora e depois ao fim apaga, ao findar da vela nada sobra, nossa vida tem o espírito, a alma.

Já o nosso corpo volta a terra que o acolhe.

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