Uma nova crise entre Israel e a Palestina está ganhando ares de explosão. Tudo começou na segunda-feira, 30, quando Mahmoud Abbas disse que os judeus foram perseguidos durante a Segunda Guerra Mundial porque lidavam com empréstimos e não com a religião como a raiz do antissemitismo.
O premiê israelense. Benjamin Netanyahu, não deixou por menos: “Parece que Abbas, que tem negado o holocausto, deveria ter passado há muito tempo deste mundo”.
Abbas fez as observações controversas em discurso no parlamento da Organização de Libertação da Palestina, dizendo que a hostilidade em relação aos judeus na Europa era causada por sua “função social”, que incluía empréstimos de dinheiro. O líder palestino também descreveu o estado de Israel como um projeto colonial, enfatizando que “a história nos diz que não há base para a pátria judaica”.
As declarações também foram recebidas com duras críticas pelo governo Trump, com o enviado especial de Donald Trump para as negociações internacionais Jason Greenblatt descrevendo o discurso como “muito angustiante e desalentador” e o embaixador dos EUA em Israel David Friedman dizendo que não é Israel que está buscando conflito no Oriente Médio.
Israel está em permanente conflito com os palestinos, que têm procurado estabelecer um Estado independente nos territórios da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, que são parcialmente controlados por Israel e pela Faixa de Gaza.
Israel tem se recusado a reconhecer a Palestina como um estado independente, construindo os assentamentos judaicos na Cisjordânia, apesar das objeções das Nações Unidas.
O novo pico de tensão ocorreu em dezembro passado, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu reconhecer toda a cidade de Jerusalém como capital de Israel e lançou o processo de transferência da embaixada americana, atualmente localizada em Tel Aviv, para a cidade antiga. O movimento foi atingido por vários estados, especialmente a Palestina e os do Oriente Médio, e desencadeou uma onda de protestos na região.