No Brasil, estamos iniciando o inverno. Na Rússia, os jogos da Copa do Mundo estão acontecendo em alta temperatura. Mas Brasília, apesar das teoricamente baixas temperaturas, está pegando fogo nesse período pré-eleitoral. No forno, e na mira dos touros e toureiros da política candanga, a avaliação de Rodrigo Rollemberg como governante é péssima.
Na melhor das pesquisas – enquanto ‘pontos favoráveis’ ao Buriti -, a rejeição a ele beira os 70%. Nem por isso sua equipe joga toalha. E acredita que, quando Rollemberg colocar o bloco na rua com marchinhas sobres suas realizações, o quatro negativo que tem marcado o governo será revertido.
Mas até que a campanha tome as ruas oficialmente, o governador é alvo de flechadas certeiras. Da Câmara Legislativa à Câmara Federal, do Sol Nascente ao Arapoanga, passando pela Estrutural e indo até Santa Maria, a revolta da população e de antigos aliados é grande. Tudo isso por conta das loucuras de RR desde o início de seu governo.
Pesam sobre os ombros de Rollemberg escândalos de corrupção, pincipalmente na área de mobilidade urbana. O DFTrans – órgão que deveria organizar o setor de transportes -, é alvo de constantes manchetes nas páginas policiais da capital da República.
Outras insanidades do governo de Brasília são o isolamento do principal aliado das primeiras horas (o vice-governador Renato Santana); aumento das passagens; dificuldade de relacionamento com os servidores públicos.. isso sem contar com a falta de gestão na saúde, educação, segurança pública…
Mesmo com uma alta na arrecadação de tributos, os impostos excessivos não trouxeram melhorias para a sociedade. Obras de infraestrutura para atendimento à população continuam lentamente, capengando nas minirreformas.
Ampliar o metrô até a Asa Norte; BRT para a população moradora da saída norte de Brasília (Sobradinho, Planaltina), nada! Nenhuma sinalização sequer de que pode iniciar alguma dessas obras antes do fim do mandato. Ficara as promessas.
De formação antigetulista – daí sua relação ruim com os trabalhadores, principalmente com os servidores públicos -, o PSB procurou representar uma alternativa (em 2014) às políticas dos governantes instalados anteriormente no Buriti(leia-se PT, MDB e DEM). Aos primeiros, o governo Rollemberg censurava, tanto à figura dos caudilhos de época da política candanga, quanto as mazelas do populismo exagerado. Não conseguiu seguir em frente com a sua empreitada.
Muitas leis foram criadas ao longo dos últimos quatro anos para privilegiar a autoridade do governador no exercício de um mandato sustentado por interesses contrários aos desejos da população e à política substancial que a cidade necessita. Nesse particular, a Câmara Legislativa entregou a “paçoca”, literalmente, deixando servidores e a população com as cascas do amendoim dado ao elefante.
No cenário político, o PSB ainda é uma força eleitoralmente fraca, mesmo que vinculada às estruturas sindicais herdadas do petismo em decadência moral. Parlamentares, antigos aliados – do MDB, do PT e minorias partidárias da Câmara Legislativa – têm a certeza de que os desacertos do governo Rollemberg serão muito caras para ele.
Os que vislumbram uma chance de assumir as rédeas de Brasília a partir do próximo ano atiram flechas ao cambaleante governo. ‘Precisamos tirar Rollemberg do Buriti para o bem de Brasília’ dizem uns; e, ‘Novos tempos virão’, prometem outros.
Com franco-atiradores de todos os lados, Rollemberg precisa abrir o olho, por que o governo dele já foi fechado faz muito tempo, e suas promessas, de não cumpridas, foram recolhidas!