Marcus Castro, Edição
O Animal Care and Control Team, um abrigo de animais na Filadélfia, Estados Unidos, criou um programa chamado Working Cats (Gatos Trabalhadores, em tradução livre) para conseguir um emprego para os gatos que não foram adotados.
Geralmente pouco amigáveis, eles não gostam de ser acariciados (algo surpreendente para gatos) e podem atacar se alguém chegar perto, mas são perfeitos para caçar.
Assim, eles são encaminhados para celeiros, estábulos, fábricas e armazéns a fim de promover uma espécie de controle de pragas. Os felinos recebem um microchip, são vacinados e entregues de graça.
“Parte do motivo pelo qual os gatos foram domesticados era se livrar da população de roedores”, disse Ame Dorminy, porta-voz do abrigo. “Nós aproveitamos a propensão natural deles para caçar e fizemos um programa oficial para isso”, explicou. Gatos considerados compatíveis com o programa são mantidos em um corredor separado do abrigo, em uma fileira intitulada ‘tempo para se ajustar’.
Segundo Ame, não é porque esses gatos não querem ser acariciados ou se aconchegar que eles não podem ter uma vida boa. “Muitos desses gatos se sentem mais confortáveis quando podem ser eles mesmos e usar seus hábitos naturais. Assim, eles ficam mais abertos à interação humana, porque se sentem mais confiantes”, disse.
Gary, um dos gatos ‘contratados’, não estava acostumado com as pessoas e ‘reclamava’ de dentro da caixa de passeio quando chegou ao local de trabalho, um armazém onde ratos roíam dezenas de sacos de batata por mês.
Mas, conforme as semanas passaram, ele se aconchegou com funcionários e clientes e se transformou em um mascote doce e brincalhão que podia circular livremente pelo local.
“Minha única reclamação é que, às vezes, ele fica no meio do caminho”, disse Jordan Fetfatzes, dono do espaço, que se descreve como alguém que prefere cachorros e se transformou em um cat lover graças ao Gary.