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64, 55 anos depois

Ação popular tenta acabar festa do 31 de março

Publicado

Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

Uma ação popular tenta impedir as comemorações nos quartéis do 55º aniversário do 31 de março, quando os militares tiraram João Goulart do poder. A iniciativa é do advogado Carlos Alexandre Klomfahs, que requereu à Justiça a suspensão de qualquer festividade.

Na segunda, 25, o presidente Jair Bolsonaro recomendou que a data – a ser comemorada no próximo domingo -, não passe em branco. O advogado entende, porém, que a orientação de Bolsonaro ‘não é o interesse público e sim o jogo da classe dominante’.

“Muda-se o governo prossegue o drama. Há reiterado problema incontornável quanto à violação à moralidade administrativa”, afirmou Carlos Alexandre Klomfahs em sua petição, apresentada nesta terça, 26.

“Pede-se liminarmente que a Presidência da República se abstenha de determinar os efeitos do ato impugnado (comemorar o dia 31 de março no âmbito das Forças Armadas) por violar o princípio constitucional da moralidade e no mérito a procedência dos pedidos da inicial para confirmar a liminar concedida determinando que se abstenha o Poder Executivo de comemorar o 31 de março sob pena de multa diária de R$ 50 mil a ser revertida ao fundo de direitos difusos”, sublinha a ação.

No dia anterior, o porta-voz do Planalto, general Rêgo Barros, disse que Bolsonaro “não considera 31 de março de 1964 um golpe militar”. Segundo ele, sociedade civil e militares, “percebendo o perigo” que o País vivenciava naquele momento, se uniram para “recuperar e recolocar o nosso País no rumo”. “Salvo melhor juízo, se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom para ninguém”, disse o porta-voz.

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