Essa história que vou lhes contar aconteceu logo após um acidente automobilístico que sofri no longínquo ano de 1996 na avenida Brasil, no Rio. Para ser mais exato, o fato ocorreu no dia 16 de agosto daquele ano.
Como resultado, quebrei os dois braços, a perna direita, o nariz, mandíbula e maxilar, além de ter perdido um pedacinho da parte lateral da língua. Quanto ao carro, foi direto para o ferro velho.
Pois bem, lá estava eu no hospital, todo remendado, com gesso espalhado pelo corpo. Meus queridos padrinhos, a Marilda e o Celso, foram me fazer uma visita.
Eles pareciam aflitos, ainda mais ela, que sempre foi extremamente carinhosa comigo. Então, aqueles mimos estavam levantando meu ânimo, até que a Marilda solta essa.
– Meu filho, olha que coisa legal!
Eu, que quase não conseguia pronunciar um ai, tamanha a dor que ainda sentia por conta das fraturas, apenas olhei para o sorriso da minha madrinha, que emendou essa.
– Você bateu com o carro no mesmo dia em que o Elvis desencarnou.