Ações que levam ao amor, saúde, trabalho e prosperidade das pessoas

A Magia é a ciência e a arte de conhecer e empregar as Leis da Natureza para alcançar o que parece inatingível. A arte da Magia produz efeitos sem as causas propriamente ditas, ou perceptíveis aos sensores humanos. O mago é aquele que conhece os elementos e as Leis da Natureza, exercendo o controle sobre essas forças e vibrações, direcionando-as para alcançar o objetivo desejado, pelo próprio mago e outrem. Além de dominar as forças cósmicas, é imperativo que o operador do trabalho mágico tenha conhecimento de causa e efeito. Ademais, o saber ancestral adquirido possibilita que o mago se utilize de instrumentos específicos, a fim de facilitar a canalização e direcionamento das energias celestiais e telúricas para aquilo que se quer obter.

O domínio dos conhecimentos e procedimentos mágicos requer anos de estudos, disciplina, dedicação e perseverança necessários à condução das operações e rituais herméticos. Para tanto, convém interpretar os dogmas, grimórios, símbolos e sigilos, fundamentais para conduzir as cerimônias. Evidentemente, nessa seara ocultista há que se distinguir o Divino, do mundano e terrestre. Todavia, atualmente, observamos no dia-a-dia a mistura dessas coisas e valores nas redes sociais, principal veículo de comunicação no mundo pós-moderno.

Via-de-regra, o conteúdo místico-esotérico veiculado na internet é sensacionalista, vago, sem pé nem cabeça. Mas, arregimentam milhares de seguidores, likes e monetização do perfil. Como em terra de cego quem tem olho é rei, no mundo virtual impera a falácia, e, por conseguinte, a desconstrução dos saberes desenvolvidos durante milhares de anos. Assim acontece com o saber ancestral, inescrupulosamente apropriado por aqueles que, literalmente, não sabem do que estão falando. E pior, passam adiante o produto esotérico industrializado e pasteurizado aos navegantes, através de vídeos, lives, cursos, feiras e magazines, aquilo que não sabem. Obviamente, os magos e bruxas influenciadores não estudaram os capítulos exigidos no aprendizado dos dogmas e rituais herméticos. Simplesmente porque não houve tempo para aprender as Ciências Ocultas.

A desinformação no campo do esoterismo é agravada pelo uso compulsivo da Inteligência Artificial, num volume e velocidade sem precedentes. A “nuvem” armazena conhecimentos e imagens geradas ao longo da história geológica da vida. E todo esse acervo divino, riquíssimo em informações, em nível de detalhes acadêmicos, está disponível para qualquer aventureiro de ocasião fazer uso a seu bel prazer. Grátis e sem qualquer esforço.

Por esse motivo, e nada mais justo, devemos separar o joio do trigo. Vale lembrar que nas Ciências Ocultas impera a Lei do Retorno. Ou seja, “quem mexe com fogo pode sair queimado”. E também, “quem com ferro fere, com ferro será ferido”. É a Lei.

A imaginação é um agente criador poderoso, e, quando estimulada inteligentemente o imaginário se transforma em realidade. Em outras palavras, a imaginação é a visão da alma por meio da qual ela percebe direta e imediatamente ideias e pensamentos diversos armazenados no subconsciente coletivo. Essas imagens são capturadas nos sonhos e na clarividência. Assim, qualquer ideia ou pensamento rudimentar ou latente na mente pode ser materializada pela consciência individual. A esse procedimento hermético denominamos co-criação, ou seja, o poder que cada um tem de ter, de cristalizar o que a mente produz.

Os noúmenos atuam como suporte durante as operações e rituais mágicos, servindo de componentes essenciais para o teurgo alcançar os fins pretendidos. Nôumenos são os fenômenos da Natureza imperceptíveis aos sentidos humanos, incompreensíveis à nossa inteligência e inexplicáveis pela ciência moderna. Contudo, fenômenos sutis são percebidos e detectados pela fé, intuição, clarividência, paranormalidade e a físico-química quântica.

Os instrumentos mágicos são os meios pelos quais o mago comunga com as forças da Natureza representadas pelos planetas, elementos e elementais. Para canalizar as vibrações paranormais, o mago faz uso de objetos simples, associados ao conhecimento, imaginação e a vontade. O pensamento e a vontade são fundamentais para o êxito dos trabalhos mágicos.

Complementarmente, o uso dos instrumentos, pantáculos e sigilos municiam o teurgo em seu trabalho cerimonial, ampliando as suas faculdades alquímicas. Nos rituais e cerimônias teúrgicas, os deuses e as hierarquias de espíritos, mesmo desconhecidos da nossa própria consciência, estão presentes na mente subconsciente, uma vez que integram todo o histórico da Criação. A evocação ou invocação das forças naturais, estimulados pela mente e imaginação, conduzem ao êxtase, inspiração, expansão da consciência e êxito na operação mágica.

O sigilo é uma representação simbólica e codificada daquilo que se quer obter ou alcançar. Em outras palavras, é a realidade ou cenário desejado simplificado graficamente. Recordando o mago Éliphas Lévi, “a idéia mágica tem que ser traduzida em luz para os olhos, harmonia para os ouvidos, perfumes para o olfato, sabores para a boca e formas para o tato.”

O equipamento básico utilizado pelo mago nas operações e rituais são varinhas, açoites, espadas, taças, velas, plantas, ervas, óleos, incensos, perfumes, pantáculos, pedras, cristais, sinais e símbolos herméticos. Símbolos e sigilos associados a mantras e orações integram os sistema mágico nas invocações dos planetas, elementais e elementos da Natureza. Os quatro elementos da Natureza invocados são a Terra, o Fogo, o Ar e a Água, que podem ser representados nas cerimônias, respectivamente, por uma planta no vaso, velas acesas, a queima de incensos e um copo de água ou uma taça de vinho. O Éter é a substância universal que compõe o ambiente circundante. Velas brancas, pretas e coloridas são bastante utilizadas nos trabalhos mágicos e espirituais. Mas, as cores das velas, vestimenta, toalhas, capas e adereços devem ser selecionadas segundo o objeto pretendido. O operador pode pecar por excesso, provocando o “chique das cores” e colapso da operação mágica.

A Magia Planetária nos ensina que devemos seguir o dia e a hora do planeta alinhado com a graça pretendida, bem como cores, metais, pedras, ervas, flores, sementes e perfumes associados ao astro celestial invocado. Há que se observar a fase da Lua apropriada, de acordo com o ritual de atração, conquista ou banimento.

Quanto aos perfumes, são oferecidos como oferendas aromáticas aos espíritos da Natureza e anjos protetores. Sândalo é empregado para espíritos venusianos, noz-moscada nas operações com mercúrio, enxofre para os saturnianos, canela para Apolo (Sol), dama-da-noite para a Lua, e assim por diante.

No que concerne ao uso de símbolos e pantáculos, alguns são, naturalmente, comuns a toda cerimônia, enquanto que outros dizem respeito estritamente a um evento particular, podendo ser elaborado para um fim específico. Por exemplo, a espada é uma arma marcial à qual se atribui um papel numa operação devotada à invocação de Hórus e Marte. Ao passo que um sigilo determinado pode ser desenvolvido para o amor, saúde, trabalho ou prosperidade.

O principal símbolo comum a toda operação é o círculo mágico. Símbolo do infinito, o círculo representa o universo particular do mago; é um território alquímico limitado, separando o que está dentro, portando protegido, daquilo que está fora. O círculo tipifica também a esfera astral do mago que, num certo sentido, é a consciência individual, seu universo particular, fora do qual nada pode existir.

A espada é arma branca, dura, afiada, e perfurante como o ar que tudo permeia e penetra, sempre num estado de fluxo e movimento perpétuos. Visto que se trata de um instrumento de corte, é usada nos embates e banimentos na magia cerimonial.

Assim é!

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