Vale por 15 dias
Acordo encerra caos provocado por greve dos caminhoneiros
Publicado
emO fim (da greve) está próximo. Ao menos pelos próximos 15 dias, os caminhoneiros prometem contribuir para que o País volte à normalidade, após quatro dias de greve que colocaram o Brasil de cabeça para baixo.
Um acordo entre a categoria e o governo foi anunciado às 21h22 desta quinta-feira, 24, ao término de uma tensa reunião realizada no Palácio do Planalto entre ministros e representantes dos grevistas.
O ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, anunciou que por ordem do presidente Michel Temer foi montado um gabinete de emergência para acompanhar a crise e buscar uma solução para o problema. “Agimos com agilidade”, disse, sem citar que o País parou nas últimas 96 horas.
Eliseu Padilha revelou a que foi celebrado um acordo com os caminhoneiros e que a partir de agora o Brasil volta à normalidade. A greve foi suspensa por 15 dias. Dentro desse prazo, sublinhou o ministro, serão negociadas alternativas que satisfaçam os caminhoneiros sem prejuízos para os cofres públicos e a sociedade.
Pontos do acordo:
– Preço do diesel será reduzido em 10% e ficará fixo por 30 dias. O valor ficará fixo em R$ 2,10 nas refinarias pelo período
– Os custos da primeira quinzena com a redução, estimados em $ 350 milhões, serão arcados pela Petrobras. As despesas dos 15 dias restantes ficarão com a União como compensação para a petrolífera.
– A cada 30 dias, o preço do combustível será ajustado conforme a política de preços da Petrobras e fixado por mais um mês.
– Não haverá reoneração da folha de pagamento do setor de cargas
– Tabela de frete será reeditada a cada três meses
– Ações judiciais contrárias ao movimento serão extintas
– Multas aplicadas aos caminhoneiros em decorrência da paralisação serão negociadas
– Entidades e governo terão reuniões períodicas
– Petrobras irá contratar caminhoneiros autônomos como terceirizados para prestação de serviços.