A vida é uma corrida a um objetivo que não sabemos ao certo qual seja. Tudo o que temos é o final da estrada… na verdade apenas temos noção de que em algum momento nossa jornada se findará…
Sucesso e fracasso fazem parte de nossa caminhada. Preferimos ser bem sucedidos nessa estrada… quem gosta de se machucar? Infelizmente, faz parte da vida. Mas nem por isso é esperado por nós…
Quando passamos por uma fase não tão boa na vida, nos sentimos abandonados, traídos. Por quem, não sabemos. Mas temos certeza de que não merecemos passar por aquela situação, pois não cometemos nenhuma falta. Ao menos é no que acreditamos…
A vida é intercalada de bons e maus momentos. Mas com o passar do tempo, mesmo os maus momentos são tingidos com a imagem de eventos benéficos. É comum nos recordarmos de eventos passados e nos lembrarmos apenas de coisas boas, mesmo quando não foram assim tão boas quando ocorreram…
Nossa mente tem o poder de melhorar nossas recordações, deixando mais palatáveis momentos que não foram tão alegres em nosso passado. Mesmo quando sentimos tristeza ao recordarmos algum evento passado, esse sentimento não brota tão fortemente como quando a situação ocorreu. É um mecanismo de defesa de nossa consciência…
Os fatos tristes pelos quais passamos não tem o peso de outrora. Tanto que quando comparamos o momento atual de nossa vida com o passado distante, nossas lembranças sempre nos parecerão mais acolhedoras…
Durante nossa caminhada por esse plano várias são as experiências pelas quais passamos, e todas elas tendo como objetivo nosso aprimoramento espiritual. Passamos por situações tais que, em determinados momentos, acreditamos não ter forças para prosseguir… mas nossas energias são renovadas e como em um passe de mágica nos levantamos, continuando nossa jornada…
Nossa caminhada é solitária. Ninguém pode fazê-la por nós. No máximo, pode nos acompanhar. Mas tudo aquilo que vivenciamos é uma experiência única, e não nos é possível delegar para ninguém… do momento em que nascemos até o instante derradeiro, quando embarcamos na Nau de Caronte, tudo que nos foi destinado somente a nós será impingido. Não há como uma pessoa assumir a carga de outra…
O que estou tentando dizer? Que procuremos dar nosso melhor para que, quando partirmos, estejamos no rol das boas lembranças dos que ainda permanecerem nesse plano. Porque se formos apenas uma recordação nefasta, seremos esquecidos e teremos uma segunda morte… afinal, quem não é lembrado simplesmente deixa de existir…