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Advogado que cria fake na mira do governador do DF

Analogias e metáforas. É assim, tendo o cuidado de não ferir pessoas suspeitas até que as investigações sejam concluídas, que o governador de Brasília Ibaneis Rocha (MDB), decidiu agir para consertar a casa onde tijolos colocados por maus pedreiros ameaçam ruir. Um grupo informal dentro do Palácio do Buriti, ligado diretamente ao governador, tem a missão de levantar o passado de dirigentes nomeados em empresas públicas no calor da formação do governo, e que hoje são sinônimo de crise.

A ordem de ibaneis é afastar, desde que as investigações procedam, pessoas capazes de criar curto-circuitos que provoquem incêndios que chamusquem e deixem a imagem do governo no escuro. Os visados não são muitos. E os nomes estão sendo mantidos em sigilo. Sabe-se, porém, que um dos casos teria ligações com um advogado ‘dedo-duro e golpista’, segundo versão que corre lá para os lados da Península dos Ministros e na EPTG. Na eventualidade de vir a ser afastado do cargo, esse profissional seria obrigado, posteriormente, a prestar contas inclusive no Conselho de Ética da OAB.

Ibaneis tomou a decisão após ser informado de ações pérfidas de alguns de seus colaboradores. Muita gente do governo já caiu por muito menos. A meta difundida pelos investigados é vender mentiras como sendo verdades.  A ‘operação pente fino’ já teve início. A curto prazo, serão identificados IPs de onde se originaram (e continuam sendo criados) e-mails com falsidades.

Se Ulysses Guimarães – em quem Ibaneis Rocha procura se inspirar desde que deixou seu escritório de advocacia para participar de uma vitoriosa campanha política -, dizia que não se pode roubar nem deixar roubar, o governador de Brasília vai além. Leitor de Arthur Riedel (Hei de Vencer’) Ibaneis decidiu adotar novos mandamentos. Um deles é ‘Não trapacear, não puxar o tapete, não criar fatos falsos’ e distribuir como fake news a profissionais crédulos que não vivem apenas na teoria de São Tomé.

Aos poucos, desde que assumiu o Palácio do Buriti, Ibaneis tem vislumbrado a vida de um modo mais positivo. O governador passou a entender, como disse Ulysses Guimarães, que a história desafia as figuras políticas para grandes serviços. Quem cumprir a missão, será consagrado. Quem errar, será repudiado. Por essas e outras – é o que se ouviu de pessoas que frequentam os corredores palacianos -, Ibaneis decidiu cortar as cabeças de cobras criadas. Principalmente aquelas que instilavam veneno desde o governo de Rodrigo Rollemberg, quando colocavam a cabeça para fora de um lote sonhando ser dono de um grande latifúndio.

Hoje, pisando em terrenos perigosos, esses golpistas – avaliam assessores próximos a Ibaneis -, vistos como falsos moralistas, precisam saber que não se desafia Têmis impunemente. Até porque, quando a justiça é feita, por mais que tarde, o choque é fatal.

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