Aécio sepulta tese da intervenção e acirra a disputa entre tucanos
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emO senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, jogou uma pá de cal na tese de uma nova intervenção no diretório da legenda no Distrito Federal, como vem sendo apregoado por tucanos de baixa plumagem. A ordem é promover eleições para que uma nova Excecutiva resgate a imagem do partido na capital da República.
A decisão de Aécio, tomada no último dia 10 mas só agora tornada pública, contraria os interesses do deputado federal Izalci Lucas. Ele esperava comandar o PSDB numa eventual nova intervenção. Quem sai fortalecido é o distrital Raimundo Ribeiro, que sonha ver o ninho revigorado, sem ficar atrelado a outras legendas.
O máximo que Aécio permitiu, conforme a resolução de 15 dias atrás, foi prorrogar os poderes da atual Comissão Provisória para o dia 7 de junho. A decisão se justifica pela necessidade de se manter os serviços administrativos funcionando integralmente. Até lá, serão realizadas eleições, com a posse imediata dos vencedores.
Um interlocutor do senador mineiro comparou a resolução a um balde de água fria nas pretensões de Izalci Lucas. Na avaliação desse tucano que prefere não expor suas penas, o deputado, oriundo do PR, pecou ao difundir entre correligionários que a intervenção era um fato consumado e que o comando do PSDB seria confiado a ele.
Alheio às conversas de Izalci, o distrital Raimundo Ribeiro mantém uma agenda carregada. Ele tem percorrido todo o Distrito Federal, na esperança de eleger representantes do seu grupo em todas as zonais. Essas eleições estão previstas para a primeira quinzena de maio. Logo depois será eleita a Executiva Regional, que indicará o novo presidente da legenda.
Felipe Meirelles