Em 2013, o Ministério da Saúde registrou cerca de 1,5 milhão de casos de dengue no país, destes 235 pessoas morreram em decorrência da doença. Próximo do Dia Nacional de Combate à Dengue, que neste ano ocorre no dia 22 de novembro, temos uma doença semelhante que também merece atenção: a febre Chikungunya.
Até o dia 25 de outubro, o Ministério da Saúde registrou 828 casos de Febre Chikungunya no Brasil, sendo 155 confirmados por critério laboratorial e 673 por critério clínico-epidemiológico. Do total, são 39 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.
Com sintomas semelhantes e mesmo transmissor que o da dengue, a febre Chikungunya começou a se espalhar pelo Caribe no final do ano passado. Ambas as doenças acometem em febre alta, dor muscular e nas articulações, dor de cabeça e pequenas lesões na pele.
De acordo com Jaime Rocha, infectologista especializado em Medicina do Viajante do Laboratório Pasteur, o Chikungunya é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae. “É uma doença parecida com a dengue, inclusive nos sintomas: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. A grande diferença está no seu acometimento das articulações, já que o vírus Chikungunya avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local”, revela o médico.
As principais formas de prevenir a Chikungunya são as mesmas de combater a dengue, segundo o infectologista:
– Evitar o acúmulo de água limpa e parada;
– Encher pratinhos de plantas de areia;
– Evitar o acúmulo de água em calhas, garrafas, latas e pneus;
– Manter lixeiras, vasos sanitários e caixas d’água fechadas;
– As piscinas devem ser cobertas com lonas bem esticadas;
– Ralos externos, canaletas para drenagem da água e fossos de elevador
devem ser tampados;– Recolher entulhos do quintal;
Para quem vai passar as férias em regiões com casos mais graves de dengue e Chikungunya, o médico lembra que um viajante bem orientado consegue se prevenir da doença. “Bastam medidas preventivas contra a picada do mosquito já que, apesar da perspectiva para os próximos anos, não há no momento vacina disponível contra a dengue”, diz.
As principais precauções são:
– Uso de roupas claras e compridas, cobrindo a maior parte do corpo, adequadamente preparadas;
– Uso de repelentes sobre a pele, que contenham DEET em concentração adequada para idade;
– Identificação precoce dos sinais e sintomas iniciais da doença, como febre alta, dor severa e vermelhidão pelo corpo, vômitos e dor de cabeça.
Por fim, o médico ressalta que, ao sinal dos sintomas, o paciente deve procurar um médico. “É muito importante que o paciente faça uma consulta com um especialista se aparecer algum dos sintomas. Dessa forma, será encaminhado aos exames e o diagnóstico será feito. Quanto antes a doença for descoberta, maiores são as chances de o tratamento ser bem sucedido”, afirma o especialista.