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Afinal, até onde o eleitor pode confiar nas urnas eletrônicas?

Nem bem arriaram do Pau o Pavilhão Nacional, representado pela Bandeira do Brasil, nos Estádios da Copa do Mundo da FIFA de Futebol, contabilizando entre Governo e Oposição perdas e ganhos no evento, já direcionando os holofotes para as próximas Eleições Presidenciais no Brasil, duvida atroz, jamais assumida pelos Órgãos Oficiais, Partidos Políticos e Tribunais Eleitorais, no entanto, aflige a População, se não, pelo menos as Auditorias Independentes, quanto a suposta “Segurança” das malfadas Urnas Eletrônicas, em que são, inexoravelmente, computados os votos:

Você confia nelas?

Seladas, testadas, averiguadas, rotuladas, avaliadas, registradas, carimbadas, como a “Espaçonave” do “Carimbador Maluco” – Raul Seixas -, as Urnas Eletrônicas, “Vilãs”, para uns, “Instrumento de Modernidade”, para outros, enfim, partirão para as suas respectivas Zonas Eleitorais, Brasil afora, pondo fim às mais acirradas disputas eleitorais, desde a recente redemocratização do País, com vistas a proclamar o mais novo “Ocupante” do Palácio do Planalto, para o período 2015/2020…

Saiba, no entanto, que “Resultado” sair de seus Circuitos Integrados e Condensadores Eletrônicos, no vindouro mês de Novembro de 2014, as tais “Engenhocas Eletrônicas”, realização singular, máxima, da Jovem Democracia Tupiniquim, sem paralelo em qualquer outro Pais do Planeta, pelo menos o é, em seus aspectos “Tecnológicos”, ademais, “ainda” não alcançados, em sofisticação e rito, sequer, pelas sólidas e convictas Democracias, Americana, Inglesa ou Francesa, nesse caso, ainda atadas às velhas cédulas de papel e canetas esferográficas, em que são, nesse aspecto, lá realizadas desde o sempre.

Mas, então, eu vos indago, por quê Países com grau de sofisticação dos EUA, França ou Inglaterra, quem produzem aviões supersônicos e são capazes de enviar homens à Lua, o que não é o caso do Brasil, precário em simples redes de esgoto sanitário e deficiente em escolas e saúde pública, ainda não adotaram tal Parafernália Eletrônica ??

A resposta que não quer calar, contudo, talvez esteja no simples fato do caráter Moral e Cívico que possuem as Eleições, como fator primordial para a construção da própria Democracia, cujos votos elaborados com cédula de papel e caneta esferográfica, bem sabem os que, em passado recente, depositavam o seu Voto assim, em rusticas “Sacolas de Pano” lacradas, antes das tais Urnas Eletrônicas, em que tais eventos, as Eleições, em si, eram verdadeiras Festas Cívicas, fazendo com que fossem muitos os envolvidos, a cada pleito, demandando dias e dias de Apuração, enquanto se aguardava seu eventual Resultado, ao passo que, aqui, no Brasil, nesse aspecto, agora, realizados ao ritmo dos muitos “Bites & Chips”, um simples “Comando” dos nossos “Hábeis” Técnicos de Informática, e Processadores de Dados, fazem com que todos os Brasileiros, ao vivo e a cores, saibam, em Rede Nacional, e, “Instantaneamente”, quem foi, efetivamente, o Eleito, apenas poucos minutos após o “Fechamento” das Zonas Eleitorais…

Contudo, “Maravilha” absoluta da “Tecnologia Tupiniquim”, jamais alcançada ou conhecida, nas Democracias mais Avançadas do Mundo, Inglaterra, França e EUA, em que consiste-se a “nossa” Urna Eletrônica, aos olhos do Cidadão mais leigo, numa “Espécie” de Jogo de Vídeo Game Eleitoral, longe do calor humano dos Partidos Políticos, Cabos Eleitorais, Eleitores e Entusiastas, Empurrada-nos, goela abaixo, de todos os Brasileiros, como a “Solução Final”, perfeita e indelével, a que todos nós, Brasileiros, devemos nos acostumar a que sejam, “Insuspeitas”, e absolutamente “Confiáveis”, aptas a expressar, instantaneamente, a baixos custos, e em tempo real, a Expressão dos Votos praticados, no Continental Brasil, sem que sobre elas, Urnas Eletrônicas, recaiam qualquer “Suspeitas”, graças, mais uma vez, a Maravilha Tecnológica da “Ciência” Tupiniquim, avaliadas, registradas, rotuladas, seladas e carimbadas pelos nossos “Técnicos”, graças a Redes Fechadas de Transmissão de Dados e Mensagens Criptografadas, segundo a “Ótica Oficial”, impossíveis de serem invadidas ou sabotadas ??

É, enfim, a “Saga” Tecnológica Máxima da “Engenharia Política” Brasileira, a que chegamos, com o primor de sabotar, até, o nosso mais natural senso do que seja “Cidadania”:: Um desserviço dos nossos Tribunais.

Assim é que, enquanto se discute, se são Legítimas, ou Não, “Confiáveis”, ou, antes pelo “Contrário”,, o “Resultado” que das Urnas Eletrônicas saem, prestes a serem dotadas de “Outra” Revolucionaria Tecnologia, a “Identificação Biométrica do Eleitor”, e a Identificação, através da Impressão Digital, o que afastará de vez a possibilidade de adulteração do Voto, por exemplo, de que um Eleitor passe-se por outro, uma vez, entregues ao “Caráter”, e “Honradez” de uns “Poucos” Técnicos do Setor, Analistas de Sistemas e Programadores, cuja Ciência e Conhecimento, quiçá, “Boa Fé”, muito acima de nós, meros “Mortais”, Brasileiros, temos que digerir, seja qual seja, o “Resultado” que proferirem, até por não termos, na condição de “Meros” Eleitores, por desconhecimento técnico, parâmetros para averiguar-lhes a Competência, e Idoneidade Política.

Então, mais uma vez, eu vos pergunto: oportunidade em que se constata, reflexo do atual Quadro Político/Partidário brasileiro, o que de mais baixo, e vil, houve no Brasil nos últimos anos, recheado de denúncias de Corrupção e Aparelhamento do Estado, jamais debatidos, durante o “Processo”, quem, fatalmente, avalizarão o próximo Presidente da Republica, a atribuir-lhe a indispensável Legitimidade, adotando critérios de Impessoalidade e Transparência, exigíveis ao Administrador Público, por quê não Imprimir cada voto, e depositá-lo em uma Urna Paralela, nem que seja por amostragem, para aferir seu Resultado ??

Por quê não o fazem nossos Tribunais ???

À quem afinal, interessa a Obscuridade, e o fim da Festa Cívica, que eram, enfim, as Eleições nos velhos Ginásios e Escolas Públicas, antes das famigeradas Urnas Eletrônicas, onde engalfinhávamos, antes, à cata e conferência de cada Voto, nas antigas Eleições ???

É a pergunta que não quer calar.

De minha parte, abro mão do meu Sigilo, e declaro meu Voto, para eventual contabilização.

Pettersen Filho

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