Afinal, universidade é para festa da xoxota ou para preparar o futuro?
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Ah, o sonho e entrar para uma universidade federal! Estudar numa instituição com alto grau de qualidade acadêmica, com professores mestres e doutores e sem pagar mensalidade.
Sonho de pais e estudantes que querem ingressar no ensino superior.
As universidades federais realmente têm um alto padrão acadêmico ao se analisar o corpo docente e seus centros de pesquisa, especialmente nas áreas médicas e de tecnologia. É inegável a tradição e o alto padrão que seus nomes carregam e que podem alavancar a carreira de quem tem o nome de uma delas no diploma.
Mas por que será que essas mesmas instituições têm eventos como a “Noite da Xoxota Louca”, “Xereca Satânik” e o II Seminário Internacional Desfazendo Gênero? Como imagens valem mais que mil palavras – não vou perder a oportunidade de lançar mão desse clichê – uso um dos exemplos para ilustrar o texto.
Manifestações acadêmicas como as da imagem e tantas outras têm ocorrido diuturnamente nas universidades federais. Não se espera que estudantes em seus vinte e poucos anos não frequentem festas universitárias.
No entanto, o espaço dos campi se destinam a eventos ligados a atividades de cunho educacional e de pesquisa relacionadas à área de estudo. O que tem a ver a desconstrução de gênero, banhos de azeite de dendê, costuras de vaginas e ode ao ânus com educação universitária?
Sei que ao abordar o tema, serei chamada de puritana, hipócrita e reacionária, mas quero deixar para o leitor de Notibras, a quem peço sinceras desculpas por imagem tosca, grotesca e repugnante, a seguinte pergunta: você está disposto a custear uma universidade federal para que se realizem eventos de desconstrução de gênero ou para que se pesquisem vacinas e tratamentos contra o câncer?
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