Afinal, quem vai sobrar na corrida pela Prefeitura de São Paulo?

As últimas pesquisas para a prefeitura de São Paulo mostram um cenário conturbado, marcado pelo desgaste de M de Merda, que parece ter atingido seu teto de intenções de voto. Seu discurso raivoso começa a afastar eleitores moderados, abrindo caminho para Ricardo Nunes, que pode crescer ao se beneficiar da rejeição aos adversários mais extremados.

Tábata Amaral, apesar de aparecer atrás no primeiro turno, surge como a grande surpresa nos cenários de segundo turno, vencendo todos os candidatos. Isso sugere que Tábata representa uma alternativa para o eleitorado que busca fugir dos extremos, o que as pesquisas ainda não captam totalmente. Sua campanha moderada e sem grandes embates a diferencia em meio ao show de horrores que se tornou a eleição paulistana.

Diferente de uma eleição para o Senado, onde duas vagas sempre estão em disputa, na corrida pela prefeitura é preciso garantir uma vaga no segundo turno, e o desgaste dos adversários pode ser o trunfo de Nunes e, possivelmente, de Datena. No meio desse caos, Tábata segue como a candidata que aposta na moderação, e isso pode ser um diferencial decisivo.

Como Marçal já é tido como carta fora de baralho, e Datena prestes a ser tirado da disputa após a certeira (e aplaudida por muita gente) cadeirada, resta a Boulos ser levado debaixo do braço por Lula, numa última tentativa de ter seu nome empurrado para o segundo turno. São três nomes, mas nenhum é pule de 10. E como baderna tende a perder para o carisma, Tabata pode, realmente, dar uma guinada.