O governador Agnelo Queiroz (PT) foi tomado por sucessivas crises de gagueira na noite desta terça-feira 19, no debate entre os candidatos ao Palácio do Buriti promovido pela Band TV. Quem mais se destacou foram José Roberto Arruda (PR), Toninho (Psol) e Rodrigo Rollemberg (PSB). Luiz Pitiman (PSDB) foi hilário, ao se perder nas perguntas e estourar seu tempo.
Arruda, ex-governador, que foi condenado com base na Lei da Ficha Limpa, acusou seus rivais de tentarem tirá-lo da disputa eleitoral por meio da Justiça para evitar o confronto nas urnas.
“Eu respeito as leis do meu país. Esse combate é uma tentativa de burlar as leis para tentar me tirar da eleição. Quem decide isso é a Justiça, a decisão que ela tomar, todos nós vamos respeitar”, afirmou Arruda.
A declaração de Arruda ocorreu em resposta ao questionamento do candidato Toninho do PSOL, que o questionou sobre a intenção de se manter candidato.
“O senhor [Arruda] envergonhou o povo do DF, foi preso e condenado. […] O TSE vai impugnar sua candidatura, por que a insistência?”, questionou Toninho. “Você teve oportunidade e errou três vezes na tua vida”, completou o candidato na réplica.
Durante o debate, os candidatos da oposição fizeram muitas críticas a Agnelo Queiroz, que tenta a reeleição. Para Arruda e Pitiman, a administração petista é “ineficiente” e “burocrática”. Os candidatos defendem a redução do número de secretarias no Distrito Federal.
“Estão gerindo mal o nosso dinheiro. É secretaria demais e dinheiro de menos. É um modelo de apadrinhamento”, declarou Pitiman ao se referir ao governo petista.
O senador Rodrigo Rollemberg, afirmou que o Distrito Federal viveu um “apagão de gestão” durante a administração de Agnelo. O governador petista defendeu sua administração e afirmou que Rollemberg se “escondeu” no Senado durante o último mandato. Rollemberg foi eleito em 2010 com apoio de Agnelo, mas deixou a base de apoio ao governo.
A crise da segurança pública vivida no último ano também foi bastante explorada pelos candidatos. Pitiman, Toninho e Arruda afirmam que os policiais estão desmotivados e não houve investimentos na área. Agnelo se defendeu anunciando a colocação de mais 1.056 policiais nas ruas do DF.