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Agosto, mês fatídico na política brasileira, vai querer as cabeças de Dilma e Cunha

Cláudio Coletti

O segundo semestre de 2016 poderá entrar na história do Brasil pelo êxito de profundas e radicais mudanças nos nossos cenários político, econômico, social e ético. E agosto poderá continuar mantendo a tradição de ser o mês de mudança no pais.

Foi neste mês que Getúlio Vargas se suicidou em 1954; Jânio Quadros renunciou em 1961; Juscelino Kubistchek morreu em acidente de carro em 1976, e Eduardo Campos perdeu a vida em acidente de avião em 2014.

Justamente em agosto próximo estão previstos os afastamentos da vida pública nacional de dois personagens – Dilma Rousseff e Eduardo Cunha – que são responsabilizados pelas crises que praticamente paralisaram as atividades no Brasil.

Na primeira quinzena, o plenário da Câmara (513 deputados) deverá aceitar a proposta do Conselho de Ética cassando o mandato de deputado federal de Eduardo Cunha. Perdendo o fórum privilegiado do Supremo Tribunal Federal, Cunha vai ter que prestar contas dos seus malfeitos na Petrobrás ao juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba.

Ainda na segunda quinzena de agosto, está anunciada aprovação, pelo Senado Federal, do impeachment da presidente Dilma. A acusação é de que ela teria cometido crimes de responsabilidade. Essa será a justificativa para a sua punição. Mas ela será mesmo defenestrada do governo pelo conjunto de sua obra, ou seja, por ter conduzido o país para o fundo do poço, tal o número de erros que praticou à frente do governo, e não reconheceu.

O impacto dessas duas decisões dramáticas ficará em meio à euforia e os resultados espetaculares dos jogos da Olímpiada do Rio de Janeiro, que acontecerá de 5 a 22 de agosto.

Outro acontecimento marcante do segundo semestre são as eleições municipais de 2 de outubro. A partir de 16 de agosto, os candidatos às prefeituras e câmaras municipais de todo o país estão autorizados a saírem às ruas em busca de votos.

Caberá, então, aos brasileiros, que estão escaldados com notícias negativas de políticos, estarem antenados para a escolha dos políticos que ocuparão cargos importantes e que podem mexer com o seu dia a dia.

Com o alijamento da vida pública de Dilma Rousseff e Eduardo Cunha, abre-se um horizonte para o Brasil sair do fundo do poço.

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